O governo do Japão confirmou nesta segunda-feira (29) os novos planos de construção do polêmico Estádio Olímpico para os Jogos de Tóquio 2020, cujo custo original aumentou em 55,5% e agora é de 252 bilhões de ienes (US$ 2,05 bilhões). O estádio começará a ser construído em outubro deste ano. A previsão é que as obras estejam concluídas em maio de 2019, dois meses depois do planejado pelas autoridades.
Os aumentos dos custos trabalhistas e também dos materiais (muitos terão que ser importados em um momento no qual o iene está enormemente debilitado) foram os motivos para a elevação do preço. Por isso, o governo refez o projeto do estádio. E, apesar da proposta de reduzir para 220 mil metros quadrados a magnitude do novo estádio – 70 mil a menos do que o original –, os custos cresceram em 55,5%.
“O preço continua sendo muito alto em qualquer caso”, disse em declarações divulgadas pela agência “Kyodo” o ministro da Educação, Cultura e Esporte, Hakubun Shimomura, depois de se reunir com membros do comitê organizador para assinar o novo plano.
Shimomura explicou que a intenção do governo é obter até 20 bilhões de ienes (US$ 162 milhões) em patrocínios e parcerias com o setor privado. O ministro cogitou até a possibilidade de vender os naming rights do estádio.
As autoridades japonesas e o comitê organizador de Tóquio 2020 preferiram adotar o projeto da arquiteta Zaha Hadid, que ganhou o concurso para substituir o já demolido estádio olímpico construído para os Jogos de 1964.
Os dois gigantescos arcos que coroam o estádio, criticados por seu alto custo, foram mantidos no projeto redesenhado. No entanto, o governo descartou a possibilidade de incluir um teto retrátil.
Arquitetos de prestígio consideraram o projeto incompatível com o entorno da região onde fica o estádio.
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