Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 abandonaram nesta terça-feira (1º) o uso do logotipo escolhido para a competição, após acusações de plágio, afirmando que não foi copiado, mas dizendo que diante das muitas dúvidas levantadas optaram por não utilizá-lo.
A decisão incomum é o último constrangimento para o Japão, que se prepara para sediar os Jogos pela segunda vez. A cidade já havia abandonado os planos de construir um novo estádio Olímpico, por isso o caso do logotipo obscurece ainda mais a sua reputação, autoproclamada, de ser um “par de mãos seguras” para sediar o espetáculo dos esportes.
Perguntas sobre o logotipo 2020 surgiram imediatamente depois de sua apresentação, em julho, quando o designer belga Olivier Debie disse que era muito semelhante ao seu logotipo para o Teatro de Liège e exigiu que seu uso fosse interrompido. Ele e o teatro, posteriormente, entraram com uma ação em um tribunal local.
Toshiro Muto, o CEO da Tóquio 2020, disse que o designer Kenjiro Sano continua a negar ter copiado o emblema, mas o executivo afirmou que as dúvidas do público sobre o assunto estavam pondo em perigo a reputação dos Jogos Olímpicos, por isso pediu que fosse retirado.
“Decidimos que honrar a posição de Sano e começar a trabalhar em um novo logotipo é a decisão mais apropriada para resolver esta situação”, disse Muto em uma entrevista coletiva transmitida ao vivo por quase todas as estações de televisão no país.
Ele pediu desculpas ao povo do Japão, ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e aos patrocinadores por “causar problemas”, acrescentando que um novo logotipo será definido o mais rapidamente possível e em concorrência aberta.
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