Já não bastasse a tarifa de 5% retirada da renda da partida, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) acaba de criar um novo tributo. Conforme reportagem da Gazeta do Povo, O presidente da Federação, Onaireves Moura, através de uma resolução de diretoria, criou o Fundo de Apoio à Iniciação Esportiva. Por trás do nome pomposo vem um novo tributo. A cada transferência de atleta de um clube paranaense, será retirado 1% para a composição desse fundo.
De acordo com o texto da resolução, o dinheiro será destinado à manutenção de um calendário para as categorias de base.
Mas mesmo se apoiando em uma "boa causa", esse ônus tarifário não parece agradar aos contribuintes. O Coritiba, por exemplo, por causa da venda (valor declarado) por R$ 14,7 milhões do lateral Rafinha ao Schalke 04, já contabiliza uma despesa de R$ 147 mil.
"Sou contra a criação de novas taxas, mas tenho de cumpri-la. Eles nos cobram 5% da renda dos jogos para essa finalidade e não há contrapartida para os clubes. Agora mais essa... Vamos torcer para que apliquem bem", diz Giovani Gionédis, presidente do Coxa.
Situação idêntica vive o Paraná. A transação envolvendo o atacante Borges pelas cifras referentes à multa rescisória de R$ 3,6 milhões deve deixar para o cumprimento da nova norma R$ 36 mil.
Diante das possíveis reclamações, Moura promete mostar a curto prazo que essa tarifa nos direitos federativos dos atletas foi uma medida acertada. "Todos vão gostar", assegura. "No dia 26 de setembro iremos mostrar um projeto para o futebol de base. Lançaremos, inclusive, um site para divulgar os jovens talentos do estado."