O torcedor do Paraná pode fazer a festa. O time está na Copa Libertadores pela primeira vez em sua história. A vaga veio com um empate por 0 a 0 com o São Paulo, ontem, na Vila Capanema. O resultado combinado com outro 0 a 0 o do Vasco contra o Figueirense, em Florianópolis assegurou o quinto lugar no Brasileiro e a passagem paranista para o mata-mata da primeira fase do torneio internacional.
O adversário só será conhecido no sorteio da competição que ocorre no dia 20, na sede da Conmebol, em Assunção (Paraguai), e sairá de um grupo de seis times do continente: Danúbio (Uruguai), Cobreloa (Chile), Sporting Cristal (Peru), Deportivo Táchira (Venezuela), Real Potosí (Bolívia) e Barcelona (Equador).
Apesar de ainda não ver o clube na etapa de grupos do continental, a torcida não teve medo de celebrar a classificação como um título (inclusive com direito ao troféu Camisa 12, oferecido pela RPC pela melhor campanha entre os paranaenses).
O grito que estava preso na garganta dos tricolores desde a derrota para a equipe do Morumbi (3 a 2), no primeiro turno, e que tirou a chance de o time assumir a liderança do Nacional naquele momento, pôde ser solto ontem: "Ôooooo Li-ber-ta-dores!"
Mesmo ainda faltando um minuto para o apito final do árbitro mineiro Alício Pena Júnior, o Durival Britto e Silva já explodia em comemoração. Em Santa Catarina, o Bacalhau tropeçou no Figueira e o fim do jogo paralelo foi o sinal para o início da festa.
Festa que encerra uma temporada perfeita para o clube da Vila Capanema. Após quase uma década, o Tricolor voltou a conquistar o Campeonato Paranaense; também retornou ao seu estádio histórico e agora fechou 2006 rumando para a inédita participação no mais nobre campeonato das Américas.
Nada mal para um clube que não conta com a atenção da grande mídia e dos adversários de fora do estado. Está na mais baixa faixa de remuneração das cotas de televisão (R$ 3,9 milhões por ano) e pelo menos até o Brasileiro deste ano era sempre apontado como um dos candidatos ao rebaixamento.
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