O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres (Locog) realizou um esquema de segurança tão rigoroso para a cerimônia de abertura que ninguém se surpreenderia se dissessem que a rainha Elizabeth II e o ex-Beatle Paul McCartney também passaram pelo pente-fino antes de ingressar à festa.
Nas proximidades do Estádio Olímpico, desde o início da tarde a presença dos oficiais de segurança era ostensiva. Alguns com metralhadoras em punho, outros acompanhados de cães farejadores, atentos à multidão que ao longo do dia foi se formando. A operação também contou com mísseis antiaéreos estrategicamente posicionados e helicópteros.
Apesar de tamanha preocupação, não se criou um clima tenso em Stratford, bairro onde está localizado o Parque Olímpico. Mesmo fortemente armados, policiais eram vistos tirando fotos com o público. E as revistas pessoais minuciosas eram procedidas com extrema educação.
"Acredito que tudo isso faz parte. Não me incomoda. É bom saber que todos estão pensando na nossa segurança", comentou a estudante brasileira Ângela Menezes, residente em Londres desde 2009.
O aparato envolveu o Exército britânico, policiais da Scotland Yard e seguranças da empresa privada GS4. Os organizadores não detalham quanto foi empregado na proteção do marco inicial do maior evento esportivo do planeta, com a participação de cerca de 80 mil espectadores, 120 chefes de Estado entre eles a presidente do Brasil, Dilma Rousseff , 16 mil atletas e 10 mil figurantes.
Nem mesmo os números totais dos Jogos. Especula-se que a segurança tenha consumido em torno de 553 milhões de libras (cerca de R$ 1,7 bilhão, na cotação de ontem) e disponha 47,2 mil agentes sendo 18,2 militares, 12,5 mil policiais e 16,5 mil seguranças particulares.
A soma astronômica, entretanto, tem justificativa para a organização. Garantir o bem-estar dos participantes é prioridade. "É a nossa maior preocupação. Tenho esperança no que podemos fazer, mas, claro, nossos dedos estão cruzados", afirmou o primeiro ministro David Cameron.
Pode-se afirmar que Londres ainda vive o trauma dos atentados terroristas de 2005, quando militantes da Al-Qaeda explodiram bombas no metrô e vitimaram 52 pessoas. "O que eu sei é que temos um grupo muito efetivo de pessoas trabalhando juntas para evitar a ameaça de qualquer interrupção", complementou Cameron.
50 entradas falsas
Cerca de 50 pessoas compraram entradas falsas para as provas preliminares do tiro com arco dos Jogos Olímpicos de Londres, que foi disputada ontem sem a presença do público. O tiro com arco é um dos esportes olímpicos de Londres que poderá ser visto gratuitamente, mas as fases preliminares (primeiro evento disputado na capital britânica) foram fechadas ao público. Apesar disso, dezenas de espectadores tinham adquirido ingressos falsos em sites não oficiais, e, ao irem assistir às provas, não puderam entrar. A possível falsificação dos ingressos para as competições olímpicas foi uma das principais preocupações do Comitê Organizador, que advertiu por várias vezes que o público deveria comprá-los unicamente nos pontos de venda oficiais.
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