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Dortmund – A maior esperança ofensiva da seleção, o goleador da última Copa, o homem que sonha ultrapassar Pelé e até Gerd Müller na artilharia dos Mundiais tem hoje mais uma chance para deslanchar. Ronaldo, mesmo pendurado com cartão amarelo, jamais esteve ameaçado de não jogar contra o Japão – às 16 horas (de Brasília), no Westfalenstadion, em Dortmund. "Ele precisa ganhar ritmo", justificou o treinador Parreira.

Mas o mesmo tratamento possivelmente não será dado para Emerson e Cafu, em situação similar à do atacante. Eles serão substituídos por Gilberto Silva e Cicinho, respectivamente. Isso sem contar Adriano, que para descansar deve ceder a vaga para Robinho.

A operação montada pela comissão técnica para recuperar o camisa 9 já previa utilizá-lo gradativamente nas três primeiras partidas do torneio. O cartão amarelo recebido por ele – com possibilidade de nova advertência e conseqüente punição nas oitavas – não foi suficiente para alterar os planos.

Logo após a vitória sobre a Austrália, o preparador físico Paulo Paixão comemorou a suposta evolução do atacante. Disse que ele já apresentava maior mobilidade e "certamente irá decolar nos duelos eliminatórios". Seu colega Moraci Sant’Anna reforçou essa teoria – considerando obrigatória a participação do jogador para entrar logo no "peso ideal".

O Fenômeno – que chegou na competição com 12 gols em Copas (mesmo número de Pelé), dois tentos a menos que o recordista alemão Gerd Müller – agora se depara com uma marca negativa. Em 16 jogos pelo torneio da Fifa, o centroavante nunca havia passado dois jogos em branco no placar (fato que ocorreu no último domingo).

No seu site oficial, o jogador avisou: "Tenho treinado forte e estou certo que os resultados vão aparecer mais ainda na partida contra o Japão", destacou. Na terça-feira, já havia mandado um recado: "Já tem duas partidas que não marco e estou com muita vontade de fazê-lo."

Fora a estratégia de insistir na escalação do herói de 2002, por questões físicas, parte do grupo defende a permanência do contestado atacante. O capitão Cafu é um dos mais incisivos. "Veja o primeiro gol contra a Austrália. O Ronaldo recebeu a bola e três marcadores vieram em cima dele, deixando o Adriano livre. Isso é qualidade. É respeito", disse.

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