A disputa de poder que extrapolou os muros do Alto da Glória deve ter novos episódios ainda esta semana na esfera judicial. A oposição, liderada pelo empresário Tico Fontoura, anuncia nesta segunda se tentará cassar a liminar que reconduziu Giovani Gionédis à presidência do clube.
Após vencer nas urnas e perder seu terceiro mandato por uma determinação do Conselho de Administração, a situação recorreu à Justiça. E, no sábado, o juiz da 5.ª Vara Cível de Curitiba, Sigurd Roberto Bengtsson, considerou "desprovida de lógica e bom senso" o parecer do Conselho. Assim, validou-se o pleito do dia 5, quando Gionédis venceu por 67 votos contra 66. "Foi restabelecido o resultado das urnas, obtido através de um processo democrático", comemorou o vice-presidente André Ribeiro.
Para a oposição, a alegria da situação é exagerada. "Foi uma decisão preliminar, provisória. Nós estamos tranqüilos porque temos uma sentença, a do Conselho, que reconhece a nossa eleição", afirmou neste domingo, Tico Fontoura.
O fato de decidir no judiciário quem assumirá o principal posto da hierarquia alviverde desagradou à oposição. "Mesmo antes de sabermos do resultado do Conselho, já tínhamos abdicado desse direito (de recorrer à Justiça) e esperava que a chapa da situação também entendesse assim. Fiz até um apelo pra isso. Seguimos com a postura de não ir à Justiça, mas claro que agora temos o direito de exercer a nossa defesa", afirmou Fontoura.
O oposicionista revelou o temor de que a briga pelo poder comprometa o andamento do clube, que em pouco mais de 20 dias estréia no Paranaense (11 de janeiro). "Temo como torcedor e por isso que tudo pode acontecer, pois o clube sempre será a nossa preocupação", comentou não abdicando da possibilidade de renúncia. "Nada está descartado, mas não posso falar antes de me reunir com os companheiro de chapa", comentou.
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