A ala oposicionista do Coritiba, liderada por Tico Fontoura, candidato à presidência derrotado nas eleições do fim do ano passado, exigiu ontem publicamente a renúncia do atual presidente alviverde Giovani Gionédis. Como o dirigente deve manter a posição, declarada recentemente, de não abrir mão do cargo, o grupo promete dar entrada até amanhã a um processo de impeachment no Conselho Deliberativo.
Não há nenhum fato novo além da permanência na Segunda Divisão que respalde o pedido de impedimento. De acordo com Fontoura, a oposição levantou todas as questões polêmicas da administração atual, desde a suspeita de irregularidades no pleito de 2005 até a situação financeira do clube e técnica do time de futebol para embasar o projeto "Fora Gionédis".
"Quero fazer um apelo ao presidente Gionédis com a autoridade de quem há dez meses atrás abriu mão de uma vitória, de um sonho. Peço para que ele, de maneira altruísta, renuncie ao seu mandato, deixe o Coritiba", afirmou o líder da oposição, durante entrevista coletiva. "Esse não é um pedido só de uma chapa. Hoje toda a torcida coxa-branca é oposição ao Giovani", reforçou o conselheiro André Macias.
Além de outros integrantes do conselho e alguns torcedores, participaram também do ato contra a direção executiva os ex-presidentes João Jacob Mehl, Miguel Checchia, Edison Mauad e Francisco Araújo.
"Estou ao lado do Tico e de todo o grupo que é contra o Gionédis. O Coritiba vive o pior momento de sua história. A incompetência é flagrante e a perspectiva é de dias piores", criticou Mehl, repetindo um discurso de abril, proferido em reunião do Conselho Deliberativo.
A provável não-renúncia da situação fará com que o Coxa feche o ano com dois processos de impeachment em andamento. Desde outubro, a mesa do Conselho, o chamado Conselhão, apura a questão da suposta falsificação da assinatura do ex-presidente Evangelino da Costa Neves.
Membro da chapa que deu a Gionédis um novo mandato de dois anos, o Chinês alegou não ter assinado o documento em que os nove integrantes da antiga Diretoria Executiva se licenciavam para poder ter direito de votar na eleição. A situação acabou vencendo a disputa por um voto. Logo em seguida Neves voltou atrás, confirmando em cartório um desmentido de sua própria denúncia. Ouvido pela Gazeta do Povo na semana passada, o comandante do título brasileiro de 1985 declarou não saber o que havia realmente assinado.
"O pedido de assembléia geral é estatutário e um direito dos associados. A partir daí, o que for decidido é soberano", comentou o presidente do Conselho Deliberativo, Júlio Góes Militão da Silva.
Segundo o artigo 45 do estatuto alviverde, serão necessárias as assinaturas de 20% dos sócios com mais de um ano como contribuinte (em torno de 600 estão em dia, conforme informações da assessoria de imprensa do clube) e de no mínimo 80 conselheiros para que a assembléia extraordinária seja convocada.
Justiça do Trabalho desafia STF e manda aplicativos contratarem trabalhadores
Parlamento da Coreia do Sul tem tumulto após votação contra lei marcial decretada pelo presidente
Correios adotam “medidas urgentes” para evitar “insolvência” após prejuízo recorde
Milei divulga ranking que mostra peso argentino como “melhor moeda do mundo” e real como a pior
Deixe sua opinião