Organização de evento terá de devolver valor do ingresso

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A organização do Power Fight Extreme 6 (PFE), de lutas MMA(Mixed Martial Arts, em inglês), vai devolver o valor dos ingressos do evento que aconteceria no último sábado no Ginásio do Círculo Militar, em Curitiba.

O PFE foi cancelado pela Justiça. Em medida cautelar, a juíza Flávia da Costa Viana, da 9.ª Vara Cível, aceitou a alegação da Federação Paranaense de Freestyle de Luta Livre, que moveu a ação, de que o evento deveria ter autorização da entidade para ser realizado. A direção do PFE tentou cassar a liminar para que o campeonato pudesse ser disputado, mas não conseguiu.

Desta forma, o dinheiro dos cerca de 1,5 mil ingressos vendidos antecipadamente será devolvido. Os interessados terão de procurar as academias em que adquiriram os bilhetes a partir das 10 horas de amanhã. A organização informa também que pretende marcar outro evento na sequência, ainda sem data marcada, informa o organizador do PFE, Josafá Liberal.

Ele reclamou da decisão judicial que cancelou as lutas. Para Liberal, por ser um evento de MMA não haveria necessidade de autorização da Federação de Freestyle de Luta Livre. "O evento não tem nada a ver com luta livre ou Free Sytile. Isso não existe. Outra alegação é de que não tínhamos categorias definidas por peso, mas isso também não existe, pois nosso card respeita as categorias do MMA", protesta.

Segundo Liberal, bastaria a autorização de uma única entidade esportiva para que o evento fosse regularizado. No caso, a competição teria o respaldo da Federação Para­naense de Boxe Tailandês e MMA.

Do outro lado, o presidente da Federação Paranaense de Freestyle de Luta Livre, Carlos Roberto Alves, o Kunta Kintê, afirma que qualquer competição de MMA tem de passar pelo crivo da entidade que preside para ser autorizado.

"Eu luto contra competições irregulares no Paraná. Todas as lutas de MMA precisam ser autorizadas pela Federação de Free Style. Ainda não temos condições financeiras de organizar eventos, mas podemos fiscalizar", alega Kintê, cuja federação, que preside há 12 anos, não tem endereço fixo, telefone e nem site oficial, o que é criticado por Liberal.

"Se um dia o UFC for realizado aqui em Curitiba, terão de ter aprovação da federação dele, que nem funciona mais", rebate o organizador do PFE.