Julião Sobotta decidiu apoiar chapa de oposição na eleição do Atlético.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

sub-20

A primeira partida da final da Copa do Brasil Sub-20, entre Atlético e São Paulo, será na Arena da Baixada. A confirmação foi feita nesta quinta-feira (12), pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Furacão recebe o Tricolor na próxima quinta-feira (19), às 16h. O jogo decisivo está agendado para a terça-feira (24), também às 16 h, no Morumbi. Invicto no torneio, o Atlético chegou à decisão após eliminar o Atlético-MG nas semifinais.

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A torcida organizada Os Fanáticos anunciou por meio de seu Twitter, nesta quinta-feira (12), apoio à chapa de situação na eleição do Atlético, prevista para dezembro. No entanto, a decisão de apoiar a gestão atualmente comandada por Mario Celso Petraglia não é um consenso dentro do grupo.

Numerosa e com grande peso nas urnas, a organizada é vista como um trunfo político na disputa pelo poder no Rubro-Negro. O tamanho da influência da torcida nas urnas, porém, não será o mesmo da última campanha, em 2011, quando o apoio a Petraglia era praticamente unânime. É o que acredita o ex-presidente da Fanáticos Julião Sobotta. Para o também ex-vereador de Curitiba, o grupo vive um racha interno sobre o futuro político do clube.

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“A torcida está bastante dividida”, opinou Julião, em entrevista à Gazeta do Povo. “A maior parte não está contente com o presidente e agora, depois deste anúnico do apoio, ficou ainda mais descontente”, emendou o agora apoiador da chapa Atlético De Novo, que tem o advogado de Henrique Gaede como candidato ao Conselho Deliberativo.

No fim de 2011, então presidente da Fanáticos, Julião comandou o apoio da organizada à CAPGigante. Com 67% dos 4.309 votos válidos, Petraglia foi reconduzido à presidência do Furacão. A estimativa do ex-vereador é de que a torcida tinha cerca de dois mil votantes há quatro anos.

“Na época que eu estava [na torcida], tinha a aprovação da maioria. É claro que alguns que não concordavam, justamente aqueles que não representavam votos, que não eram associados. Mas a maior parte concordava com o que decidíamos em reunião”, explicou.

“Mas hoje, vou te falar, a organizada não tem nem metade disso. Aqueles que vão no estádio, que são sócios, não frequentam a sede [da torcida]”, disse.

Busca por votos

O objetivo de Julião é conseguir aproximadamente 300 votos para Gaede até o fim da campanha. Ele garante, contudo, que não tem intenção de ganhar um cargo.

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“Está marcado um bate-papo com umas 15 pessoas, sócios do Atlético, alguns vinculados à torcida que fizeram parte da minha gestão. E cada um deles tem contatos de sócios para trazer votos. Todo dia conseguimos cinco, dez votos”, falou o ex-vereador, que não concorda com diversas atitude da atual diretoria e, por isso, decidiu apoiar o grupo Atlético De Novo, apesar de também ter amigos que estão ao lado de Nadim Andraus na chapa Democracia Coração Atleticano.

“Nunca podemos deixar de enaltecer os feitos positivos que o Petraglia teve. Mas o momento não é nada favorável para a reeleição. Todo mundo está vendo a situação, estou conversando com muita gente, trazendo para o nosso lado”, criticou.

As três chapas concorrentes brigam por um eleitorado de cerca de 10 mil votos, composto pelos associados do clube com mais de três anos ininterruptos.