A Espanha não perde um jogo oficial desde a estreia na Copa do Mundo de 2010, contra a Suíça (1 a 0). Quebrar essa invencibilidade de 27 partidas - e ainda torcer para que o Uruguai não a supere no saldo de gols - é a única maneira de a Nigéria avançar à semifinal da Copa das Confederações. Para cumprir essa missão, as Super Águias têm como armas um elenco jovem (11 jogadores abaixo de 23 anos), que atua em equipes médias (apenas Obi Mikel é titular de um grande clube europeu, o Chelsea) e muita coragem. O jogo será às 16 horas deste domingo (23), no Castelão, em Fortaleza.
"Não acho que nenhum dos jogos jogadores esteja assustado. Temos orgulho dos nossos times, orgulho dos nossos jogadores. Estamos aqui para representar nossas cores. Eles são importantes, mas não temos medo da Espanha", afirmou, batendo na camisa e segurando o escudo, o goleiro e capitão Vincent Enyeama, ao ser questionado pela Gazeta do Povo sobre como um time com sete jogadores que atuam no futebol nigeriano se portaria contra um adversário com estrelas de Barcelona, Real Madrid e outros clubes europeus.
"Resultado raro no futebol? Você pode ganhar, perder ou dar empate. Não sei de onde tirou essa ideia de resultado raro. Serão duas seleções muito boas em campo. Somos campeões africanos e é um bom continente para ser campeão", acrescentou Keshi, questionado por outro jornalista se seria uma surpresa, como o Brasil perder a Copa de 50 para o Uruguai no Maracanã, a Nigéria derrotar a Espanha e se classificar à semifinal.
Apesar do entusiasmo e confiança de Enyeama, duas Copas do Mundo no currículo, a própria seleção nigeriana tem consciência das suas limitações. O goleiro e o técnico Stephen Keshi se colocaram como aprendizes diante dos campeões mundiais.
"A espanha naturalmente é uma das melhores seleções do mundo e para nós é um prazer jogar contra eles. Será uma boa lição para meus jogadores e para mim também", afirmou Keshi. "Queremos aprender com o ataque espanhol. Eles são muito bons", concordou Enyeama.
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