O mal-estar criado pelo anúncio de que dinheiro público poderia ser investido na conclusão da Arena da Baixada, casa do Atlético Paranaense, fez o vice-governador do estado Orlando Pessuti vir a público para prestar esclarecimentos. O estádio que irá receber jogos da Copa do Mundo de 2014, caso Curitiba integre a relação de 12 sub-sedes que a Fifa divulgará em março deste ano, poderá ter facilidade em obter financiamentos, nada além disso, garante o dirigente.
"O que tenho afirmando é que vejo com bons olhos a possibilidade do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financiar os projetos para os estádios do Atlético, do São Paulo e do Internacional, que são as únicas praças privadas indicadas para receber a Copa. Os outros 15 são público, então são os governos que terão de arcar com as obras de adequação. Digo para colocarmos dinheiro público no estádio do Atlético, mas através de um financiamento ao clube, com todas as garantias necessárias, para dar fôlego às obras", disse Pessuti, em entrevista à Rádio Transamérica.
Sabendo que a impressão de que o Furacão pudesse receber dinheiro público irritaria outros clubes e setores do estado, Orlando Pessuti tratou de pôr panos quentes no assunto, deixando a responsabilidade de conclusão com os dirigentes do Atlético.
"O clube vai ter que se virar, não estamos apoiando dar dinheiro ao Atlético. O dinheiro público vai sim beneficiar a população, com obras de infra-estrutura, melhorando avenidas, o nosso aeroporto, o porto de Paranaguá, as redes gastronômica, hoteleira e de saúde, entre outras", explicou.
Já em 2008, a diretoria do Atlético garantiu ter assegurado o financiamento necessário para conclusão da Arena da Baixada, só faltando a definição de Curitiba estar dentro ou não da Copa de 2014.
"Com o Mundial, teremos de adaptar o nosso projeto a alguns pontos do caderno de encargos. Por exemplo, teremos de abrigar uma área de concentração para o início das partidas, que também servirá de área de escape, caso aconteça algum problema. Assim, precisaremos de algumas áreas no entorno do estádio. Se não houver Copa, terminaremos a Arena dentro do projeto que temos", declarou o presidente do Furacão, Marcos Malucelli, à Rádio Banda B.
O dirigente rubro-negro só espera ajudar governamental na aquisição das áreas próximas ao estádio, bastante valorizadas. "Neste ponto, creio que o poder público vai trabalhar conosco".
Orlando Pessuti não vê Copa de 2014 fora de Curitiba
Quanto às possibilidades de Curitiba integrar a Copa do Mundo de 2014, o vice-governador já considera a cidade dentro da lista final.
"Temos as melhores condições, estamos à frente de cidades que se consideram garantidas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília. Elas estão garantidas pela sua força política ou futebolística, mas nenhuma delas tem a infra-estrutura que nós temos. Dentro do que a Fifa pede, estamos na frente de todas as candidatas".
Ainda existe a possibilidade da Fifa anunciar 10 (e não 12) sub-sedes para o Mundial no Brasil, mas nem assim Orlando Pessuti mostra menos otimismo.
"Com 12 cidades eu considero Curitiba com 100% de chances de estar dentro. Com 10, acredito que ainda estamos disputando, mas mesmo assim estou convencido de que estaremos na lista final, porque somos a cidade melhor estruturada", finalizou.
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