Com a bola parada por causa da pandemia do coronavírus, é tempo de reviver um pouco da história do futebol paranaense. Mais especificamente, dos boleiros nascidos em nosso estado cujo talento com a pelota nos pés extrapolou fronteiras e alcançou brilho no futebol internacional.
Partindo desta premissa, listamos os onze paranaenses que mais brilharam no exterior. No final, você pode votar e escolher o melhor dentre todos. E, nos comentários, pode citar aquele craque imperdoavelmente esquecido pela nossa equipe. Participe!
Gabardinho
Este é para quem tem memória. Ou sabe muito da história do futebol paranaense. Emílio Gabardo, o Gabardinho foi o mais famoso jogador da história do Palestra Itália-PR, um dos muitos clubes que dariam origem ao Paraná. Em 1932, foi campeão paranaense pelo clube.
Em 1933, já no Palestra Itália de São Paulo, que depois viraria Palmeiras, foi o autor do primeiro gol da história do Parque Antártica, então estádio da equipe. Mas foi em 1935 que o curitibano ganhou o mundo.
Gabardinho foi o primeiro brasileiro a jogar no Milan, da Itália, onde permaneceu até 1938, somando 11 gols em 71 jogos pelos rossoneri, histórico que mais que o credencia à lista.
Dirceu
Cria do Coxa no início dos anos 1970, Dirceu desfilou seu talento por Botafogo, Fluminense e Vasco antes de alçar voo para o exterior. América-MEX (1978/79), Atlético de Madrid-ESP (1979/82), Hellas Verona-ITA (1982/83), Napoli-ITA (1983/84), Ascoli-ITA (1984/58), Como-ITA (1985/86) e Avellino (1986/87), antes de retornar ao Vasco, em 1988.
Mas já em 1989 jogaria no Miami Sharks, do incipiente futebol dos Estados Unidos, antes de voltar à Itália para jogar futsal. Pela seleção, o "Formiguinha", como era conhecido, participou dos Jogos Olímpicos de 1972 e das Copas de 1974, 1978 e 1982.
De chute forte, bom drible e passe preciso, era disciplinado taticamente e corria o campo inteiro pela ponta esquerda. Foi eleito o terceiro melhor jogador da Copa do Mundo de 1978, melhor jogador do Campeonato Italiano 1985/86 e o terceiro melhor jogador sul-americano também em 1978.
Élber
O atacante nascido em julho de 1972 em Londrina marcou o nome na história do futebol alemão. Cria da base do Tubarão, Élber iniciou a carreira como profissional no Milan. Os italianos não hesitaram em transportar o jovem para o Velho Continente com apenas 19 anos. E ele foi para brilhar.
Mas antes, precisou rodar o continente. Sem espaço no poderoso Milan, se transferiu em 1991 para o Grasshopper, da Suíça, anotando 43 gols em 73 partidas no período até 1994. Se transferiu então para o Stuttgart, da Alemanha, país em que viraria rei.
Em três anos, fez 44 gols em 96 jogos antes de ser comprado pelo Bayern de Munique. Na Baviera, Élber obteve destaque entre 1997 até 2003, com 139 gols em 266 jogos, vencendo quatro Budesligas e se tornando o estrangeiro com mais gols pelo time. Jogaria ainda por Lyon-FRA e Borussia Monchengladbach-ALE antes de pendurar as chuteiras.
Paulo Rink
Primeiro jogador brasileiro da história a se naturalizar e defender a seleção da Alemanha. A proeza obtida pelo curitibano Paulo Rink, por si só, já o credencia para a lista. Revelado no Athletico no início dos anos 1990, Rink não teve o desempenho mortífero do londrinense Élber, citado acima.
Foi no Bayer Leverkusen, entre 1997 e 2002 que Rink mais brilhou no futebol alemão, emplacando 34 gols em 115 partidas. Pelo desempenho, naturalizou-se alemão em 1998, tendo disputado a Copa das Confederações de 1999 e a Eurocopa de 2000.
Defendeu ainda Nuremberg-ALE (2001/02), Energie Cottbus-ALE (2002/03), Olympiacos-GRE (2003/04), Vitesse-HOL (2004), Omonia Nicosia-CHI (2006), antes de se aposentar no Furacão. Passagens sem tanto brilho, mas compensadas pelos feitos na seleção alemã.
Alex
Nascido na capital paranaense, o meia canhoto revelado pelo Coritiba virou estátua em Istambul, na Turquia, após brilhar no Fenerbahce. Precisa dizer mais? O craque ainda defenderia Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro antes de se aventurar no Parma, da Itália, pela primeira vez na Europa.
A experiência foi das piores. Cinco jogos e três gols depois, deixaria os italianos para voltar à Raposa, onde comandaria o elenco campeão de tudo entre 2002 e 2004, ano em que se transferiu para o Fenerbahce. O resto é história.
Foram 185 gols e 162 assistências em 378 jogos pelo time, sendo campeão turco em 2005, 2007 e 2011. A história terminaria de forma turbulenta em 2012, após atritos com o então técnico Aykut Cocaman. No mesmo ano, uma estátua do meia eternizou sua passagem por Istambul.
Belletti
Se não era o mais talentoso dos laterais, Belletti era certamente um dos mais esforçados. Nascido em Cascavel, acabou sendo revelado pelo Cruzeiro. Defendeu ainda São Paulo e Atlético-MG antes de embarcar para a Europa e brilhar.
Entre 2002 e 2004, fez 82 partidas pelo Villarreal, da Espanha, anotando sete gols. O desempenho despertou a cobiça do gigante Barcelona. Foram três anos na Catalunha, um bicampeonato espanhol e o heroísmo na final da Liga dos Campeões de 2006, ao marcar o gol da vitória sobre o Arsenal-ING, tirando o Barça de uma fila de 14 anos.
Em 2007, teve ainda tempo de conquistar o futebol inglês. Com as cores do Chelsea, ganhou duas Copas da Inglaterra, uma Premier League e ainda um vice-campeonato da Liga dos Campeões. No total, fez 94 jogos e cinco gols pelos Blues.
Rafinha
O atual lateral do vitorioso Flamengo é mais um paranaense que marcou época no futebol alemão. Revelado pelo Coxa no início dos anos 2000, o londrinense foi negociado com o Schalke 04, da Alemanha, em 2005. Foram cinco anos, 198 jogos e dez gols na equipe.
Em 2011, após breve passagem de um ano pelo Genoa, da Itália, Rafinha fechou com o Bayern de Munique. E retomou a escrita da bem-sucedida história no país. Em oito anos na Baviera, fez seis gols em 266 jogos.
Conquistou quatro Supercopas da Alemanha, sete títulos alemães, uma Liga dos Campeões, quatro Copas da Alemanha e uma Supercopa Europeia.
Adriano
Revelado pelo Coritiba na mesma época de Rafinha, o lateral-esquerdo que hoje defende o rival Athletico fez bonito no futebol europeu, participando ativamente da fase de ouro do Barcelona entre 2010 e 2016.
A história na Espanha, entretanto, começou em 2005, quando o Sevilla o tirou do Alto da Glória. Em cinco anos, fez 223 jogos e anotou 19 gols pelo time espanhol, conquistando ainda duas vezes a Copa do Rei, duas vezes a Liga Europa, uma Supercopa Europeia e uma Supercopa da Espanha.
Chamou então a atenção do Barça. Foram outros seis anos na Catalunha, com 17 gols em 189 jogos. E um caminhão de títulos. Quatro do Campeonato Espanhol, dois da Liga dos Campeões, três da Copa do Rei, dois da Supercopa Europeia, três da Supercopa da Espanha e dois do Mundial de Clubes. Ufa! Ainda foi campeão turco pelo Besikhtas, antes de vir ao Furacão.
Miranda
Outro da geração de ouro alviverde, ao lado de Rafinha e Adriano, o zagueiro brilhou no Velho Continente. Zagueiro clássico, daqueles que pouco sorriem, Miranda defendeu Coxa, Sochaux-FRA e São Paulo antes de acertar com o Atlético de Madrid-ESP, em 2011, e começar o sucesso europeu.
Foram quatro anos e meio na equipe espanhola, onde liderou a zaga do Atleti na conquista do Campeonato Espanhol de 2013/14, quebrando hegemonia de oito anos de Barça e Real Madrid. Ainda ganhou uma Liga Europa, uma Supercopa Europeia, uma Copa do Rei e uma Supercopa da Espanha, antes de se transferir para a Inter de Milão, da Itália.
Foram mais quatro anos de sucesso, somando 121 jogos pela equipe milanesa. Pelos nerrazurri, não conquistou nenhum título, mas firmou-se como um dos principais zagueiros do mundo e da seleção brasileira. Miranda hoje está no futebol chinês e diz sonhar com uma volta ao Coxa.
Fernandinho
Mais um londrinense na lista. Cria do PSTC e do Athletico, começou como atacante, jogou como meia-atacante, lateral-direito, se firmou depois como um dos melhores volantes do mundo e hoje é zagueiro do Manchester City-ING do técnico Pep Guardiola. Haja polivalência.
A carreira de Fernandinho na Europa começou em 2005, no Shakhtar, da Ucrânia, espécie de equipe brasileira que disputa o Campeonato Ucraniano. Foram oito anos pelo time de uniforme laranja. Conquistou sete títulos ucranianos, quatro Copas da Ucrânia, uma Liga Europa e quatro Supercopas da Ucrânia. Em 2013, obteve algo difícil, que foi convencer o Shakhtar a liberá-lo para acertar com o Manchester City, na Inglaterra.
Hoje, Fernandinho vai para a sétima temporada pelo ex-pequeno do país, atualmente financiado pela grana que jorra dos Emirados Árabes. Xodó de Guardiola, soma 304 partidas e 24 gols, com três títulos do Campeonato Inglês, cinco da Copa da Liga, um da Copa da Inglaterra e outro da Supercopa da Inglaterra.
Marlos
Você pode se perguntar: Marlos? Aquele do Coritiba? Sim, o próprio. Tem certeza?, você pode perguntar novamente. Sim, ele mesmo.
O meia canhoto nascido em São José dos Pinhais ainda está em plena atividade no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Foi no país, aliás, que alcançou sucesso, após defender Coxa e São Paulo no Brasil, deixando a impressão de um jogador altamente talentoso, mas extremamente instável.
Entre 2012 e 2014, defendeu o Metalist, anotando 13 gols em 75 jogos. Desde 2014 no Shakhtar, o meia precocemente grisalho já soma 63 gols em 214 partidas. Em 2017, se naturalizou ucraniano e rapidamente virou figurinha carimbada nas convocações do técnico da seleção local, ninguém menos que a lenda Andriy Shevchenko.
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