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Marquinhos será a novidade do Coritiba para o Atletiba de hoje. Confirmado na equipe titular pelo treinador Lopes Júnior após o treino de ontem pela manhã, o jogador encerra um período de 48 dias afastado por causa de uma lesão no joelho esquerdo que o levou a uma cirurgia de menisco.

"Ele vai começar jogando e ficar até quando agüentar", anunciou o técnico interino, que justificou a decisão. "O Marquinhos vem treinando forte e muito bem. É um jogador útil, não só para essa partida, mas principalmente para a seqüência do campeonato."

Atormentado por sérias contusões na temporada (antes dessa, sofreu com inflamação no púbis), o meia não esconde a empolgação por voltar a campo. "Nenhum atleta gosta de ficar afastado tanto tempo. Estou muito feliz por voltar, sabendo da responsabilidade de ajudar o time a sair de uma situação complicada na tabela", afirmou.

Ele só não conseguiu retornar a tempo de ajudar Cuca – com quem trabalhou anteriormente no Avaí, no Paraná e no São Paulo – a se manter no comando da equipe. O ex-comandante coxa-branca lamentava muito as ausências de Marquinhos e de quatro outros jogadores machucados. O volante Márcio Egídio também volta à equipe esta noite (às 18h10, no Couto Pereira). Já o meia Capixaba e os zagueiros Flávio e Allan ainda estão completando o processo de recuperação.

O preparador físico Róbson Gomes diz que Marquinhos e Egídio estão em boas condições para o Atletiba. "O que eles podem sentir um pouco é a falta de ritmo de jogo, mas no que depende da parte física estão liberados", informou.

Contando com os dois reforços, Júnior decidiu não fazer mistério e divulgou a escalação completa ontem. Outra novidade é a estréia do volante Humberto – que havia sido contratado para o ano que vem, segundo a diretoria. "Estava louco para aproveitar a oportunidade assim que ela surgisse. Estrear no Atletiba vai ser marcante e minha vontade é de conquistar logo meu espaço no Coritiba", disse o jogador, que passou cinco semanas treinando até entrar em forma.

Júnior também vai fazer duas mudanças táticas. Inspirado no pai Antônio Lopes, que considerava Nascimento um dos melhores zagueiros do país, ele recua o jogador do meio-de-campo para a defesa. Outro deslocado é Caio, que sai da armação para atuar ao lado de Peabiru no ataque.

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O gol marcado no primeiro Atletiba do Brasileiro, na vitória rubro-negra por 1 a 0 (no dia 10 de julho), valeu o posto de titular para o meia Evandro no último jogo da final da Libertadores e na seqüência do Campeonato Brasileiro. Hoje – pouco mais de três meses ininterruptos na equipe – o desempenho no clássico será uma nova provação para o jogador.

Explica-se: o motivo da situação limite é o grande número de atletas para o setor de criação no grupo atleticano. Mesmo sem Fabrício, que ficará mais um mês em recuperação, o meio-de-campo tem três jogadores que lutam pelas duas vagas à frente dos volantes.

Diante desse quadro, qualquer vacilo pode acabar em revés. Que o diga Ferreira. O colombiano saiu de Curitiba há duas semanas para defender a seleção do seu país e retornou direto para o banco de reservas.

A escolha é coerente. Sem fugir ao lugar comum, o técnico Evaristo de Macedo avisou que "jogarão os melhores". Hoje, serão Lima e Evandro. Mas certamente o técnico deverá observar o colombiano colocando-o no decorrer da partida.

"Para você ver como um gol no Atletiba é importante. Depois daquele jogo (quando grande parte do time foi poupada para a decisão da Libertadores) eu não sai mais do time. Mas isso já é passado. Futebol é sempre mostrar no próximo jogo. Neste caso é outro clássico", afirma Evandro, de 19 anos.

No Atlético desde 2001, para o jovem jogador o duelo local destoa da tranqüilidade aparente que reina no CT do Caju. Continua sendo uma partida que mexe com os brios e faz a ansiedade iniciar dias antes da partida.

"É muito diferente de um jogo normal. Sacode com a cidade, você fica com o jogo na cabeça e só consegue falar sobre isso na concentração", conta.

Mesmo com tantos Atletibas no currículo – desde as categorias de base –, a melhor lembrança continua sendo do último – tanto que se confunde ao falar do gol número 1 entre os profissionais.

"Foi engraçado, pois não esperava. Estava no elenco desde o Paranaense e ainda não tinha marcado (na verdade, já havia balançado as redes contra o Santos – 3 a 2, em 1.º de junho). Daí, no clássico, um minuto antes tive uma oportunidade cara a cara com o goleiro e errei. Ainda estava pensando que seria muito difícil aparecer outra daquelas quando a bola sobrou para mim", lembra.

O jogador não esconde a expectativa por voltar a marcar no Atletiba. "Tá na hora. O último gol já faz tempo, foi contra o Vasco (em 27/7)."

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