Os muitos caminhos de Dago

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São Paulo, Internacional, Cruzeiro, Mônaco... Ainda não se sabe qual o destino, mas a certeza é que se aproxima uma negociação envolvendo o atacante Dagoberto. Nos últimos dias se intensificaram os contatos entre os procuradores do jogador, clubes interessados e o Atlético.

Mesmo a sempre fechada diretoria rubro-negra já admitiu, em nota publicada no site oficial, que o atacante foi preservado das partidas contra São Paulo e Pachuca tendo em vista o interesse de clubes brasileiros e estrangeiros. Entre os de fora do país, pelo menos o francês Mônaco já mandou emissários ao Brasil para abrir negociações. Coincidentemente, Dago foi colocado para jogar depois de três meses justamente na passagem dos representantes do clube por Curitiba.

A venda para o mercado francês, com o qual o Atlético vem estreitando relações – negociou recentemente Ilan, Michel Bastos e Paulo André – seria uma saída para conseguir um bom dinheiro à vista. Mesmo assim, provavelmente menos do que os R$ 16,2 milhões que hoje são o teto para transferências nacionais. Certamente menos do que os US$ 27 milhões (R$ 58,3 milhões) estipulados como multa para transações internacionais.

Sem tantos recursos, os clubes brasileiros tentam uma composição. A solução para o Atlético pode ser vender parte dos direitos federativos do atleta, deixá-lo na vitrine e lucrar numa transação futura com a Europa.

Estão no páreo São Paulo, Internacional e Cruzeiro, não por acaso os três com maior poder financeiro no país. Os paulistas têm a preferência de Dagoberto, mas a relação conturbada entre os clubes dificulta o acerto. Situação diferente de gaúchos e mineiros, que gozam de prestígio junto à cúpula atleticana.

No fim das contas, a soma das vantagens oferecidas ao Rubro-Negro tem de ser superior a R$ 5,4 milhões, valor para o qual a multa nacional deveria ter caído em julho, quando o contrato entrasse no último ano de vigência, o que o clube impediu conseguindo na Justiça a prorrogação do vínculo por 250 dias. O novo prazo para a redução é março de 2007, mas se quiser receber em euros o Atlético terá de encaixar uma negociação até o fim de janeiro, quando será fechada a janela para transferências internacionais.