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Cabeça-de-chave do grupo F, o Brasil ganhou tratamento especial. Os melhores estádios e as maiores cidades estarão no caminho verde-amarelo. Se vencer sua chave, o time de Parreira segue por Dortmund, Frankfurt, Munique e Berlim, caso chegue à final. Sendo o segundo colocado, o caminho passa por Kaiserslautern, Hamburgo, Dortmund e Berlim. Conheça as cidades e adversários na primeira etapa rumo ao hexa.

BerlimSímbolo da reunificação alemã

Berlim ficou conhecida mundialmente por simbolizar a divisão da Alemanha em Oriental e Ocidental. O muro que separava o lado capitalista do país – com status de zona de ocupação britânica e americana – da parte socialista – de influência soviética – foi construído em 1961 e derrubado em 1989. A maior e mais populosa cidade germânica é tradicionalmente um dos corações esportivos do país. Já recebeu jogos da Copa de 1974 e a Olimpíada de 1936. Grande parte dos atletas nacionais, de diversas modalidades, treina na cidade, que abriga 1.900 clubes. Possui ainda o maior centro esportivo do país. O Estádio Olímpico, tombado pelo Patrimônio Histórico, recebe desde 1985 a final da Copa da Alemanha. Culturalmente, destaque para seus 180 museus.

População: 3,39 milhõesEstádio: OlímpicoCapacidade máxima: 74.220 torcedoresInvestimento para a Copa: 242 milhões de euros

CroáciaPara apagar o vexame de 2002

O Brasil estréia dna Copa diante da jovem República da Croácia. Independente da antiga Iugoslávia desde 1992, o país do leste europeu herdou no futebol as características eslavas: joga ofensivamente e com alegria.

A qualidade do futebol croata encantou o mundo logo na sua estréia em Mundiais, na França, em 1998. O time terminou na terceira colocação e pôde celebrar ainda o artilheiro da competição, Davor Suker, com seis gols. Outros jogadores que brilharam na campanha croata foram o meia Boban e o lateral-esquerdo Jarni.

Oito anos mais tarde, a equipe da camisa quadriculada não tem o mesmo poderio. Porém, fez bonito nas eliminatórias, ganhando e passando invicta por um grupo com Suécia, Bulgária, Hungria, Islândia e Malta. A esperança do técnico Zlatko Kranjcar é relembrar o time do fim da década de 90 e apagar a decepção de 2002, quando a Croácia foi eliminada ainda na primeira fase.

Há quatro meses os croatas também deram trabalho ao Brasil no amistoso que aconteceu em Split, capital do país, e terminou empatado por 1 a 1. O gol da Croácia foi marcado pelo principal craque do time: o meia Niko Kranjcar, de 21 anos. Curiosamente ele é filho do treinador e veste a camisa 10 da seleção. Atualmente joga no Hadjuk Split, de seu país, mas não faltam propostas para se transferir para grandes clubes europeus. O atacante brasileiro naturalizado croata Eduardo da Silva, de 22 anos, não esteve em todos os jogos das Eliminatórias, mas ainda tem remotas chances de ir à Copa.

Time-Base: Pletikosa, Simic, Simunic, Tudor e Srna; Babic, Niko Kovac, Klasnic e Niko Kranjcar; Prso e Balaban.

MuniqueMetrópole econômica e cultural

Munique é atualmente uma metrópole econômica. Tem grande importância cultural para a Alemanha. Foi ainda o berço do movimento nazista. Lá, Hitler fundou o Partido Nacional Socialista. Em Munique foram criados os primeiros clubes esportivos do país. No futebol, destaque para o Bayern, maior campeão da Bundesliga, com 18 títulos. Recebeu a Olimpíada de 1972. A moderna Allianz Arena, que será chamada de Estádio de Munique durante o Mundial, por determinação da Fifa, construída para a competição, tem uma impressionante fachada luminosa. Pode ficar azul (para jogos do TSV 1860 Munchen) ou vermelha (para partidas do Bayern). Arborizada, Munique é uma das cidades mais aconchegantes e tranqüilas da Alemanha, com sua arquitetura clássica.

População: 1,3 milhãoEstádio: Allianz ArenaCapacidade máxima: 66.016 torcedoresCusto para construção: 280 milhões de euros

AustráliaConfiança no retrospecto de Hiddink

A Austrália, no dia 18 de junho, em Munique, será o segundo adversário do Brasil no caminho para o hexa. Depois de amargar um jejum de 32 anos sem disputar uma Copa do Mundo – a última e única participação havia sido justamente na Alemanha em 1974 –, o representante da Oceania chega ao Mundial credenciado pela histórica classificação sobre o tradicional Uruguai, bicampeão olímpico e mundial.

A Austrália derrubou a Celeste na repescagem – após uma vitória para cada lado por 1 a 0 – numa emocionante disputa de pênaltis onde brilhou a estrela do goleiro Schwarzer. O camisa 1 defendeu as cobranças de Rodriguez e Zalayeta.

Armado num sistema tático com três zagueiros pelo holandês Guus Hiddink, técnico que levou a Coréia do Sul ao inédito quarto lugar na Copa de 2002 e a Holanda à semifinal na França em 1998 (eliminada pelo Brasil nos pênaltis), a Austrália baseia seu jogo na velocidade, num forte poder de marcação e na superação. De acordo com Hiddink, seus jogadores não se entregam nunca. O objetivo, no entanto, não é muito ambicioso. Se chegarem às oitavas-de-final, os australianos já se darão por satisfeitos.

O destaque é o alto e desengonçado atacante Mark Viduka, titular do Middlebrough. O camisa 9 é a referência do time e especialista nas bolas altas. Merece atenção ainda o meia do Liverpool Harry Kewell, responsável por levar a bola ao ataque. Os australianos ocupam apenas 49.º no ranking da Fifa.

Time-base: Schwarzer; Vidmar, Grella e Thompson; Neill, Emerton, Popovic, Kewell e Chipperfield; Culina e Viduka.

DortmundDa mineração à tecnologia

No início do século 20, Dortmund era uma das cidades mais prósperas – e industrializadas – da Alemanha, impulsionada pela mineração de carvão, o ponto forte da região do Ruhr. Durante a segunda guerra, teve 95% de seu centro histórico destruído, assim como 60% da área residencial. O município só conseguiu se reestruturar na década de 60. Se tornou renomado centro de pesquisas, tecnologia e cultura, além de um importante centro de serviços com ênfase em tecnologia. O fechamento das minas a partir da década de 80 e a mudança do perfil econômico da cidade ocasionaram um aumento significativo do desemprego. No estádio do Borussia, o Brasil perdeu para a Holanda na Copa de 1974 por 2 a 0.

População: 590 milEstádio: WestfáliaCapacidade máxima: 65.982 torcedoresCusto para reconstrução: 45,5 milhões de euros

JapãoDesta vez, o galinho Zico será rival

O Brasil encerra sua participação na primeira fase da Copa do Mundo da Alemanha contra o Japão. As duas seleções se encontrarão no dia 22 de junho, no Estádio Westfalen, em Dortmund. A equipe treinada pelo brasileiro Zico passou com extrema tranqüilidade pelas Eliminatórias, vencendo onze dos doze jogos que disputou. A única derrota foi para o Irã. Será a terceira participação consecutiva dos japoneses em mundiais. Estrearam em 1998, na França, caindo na primeira fase com três derrotas, para Argentina, Croácia e Jamaica. Em 2002 sediaram a competição ao lado da Coréia, e chegaram às oitavas-de-finais, sendo desclassificados pelo surpreendente Senegal.

Os principais jogadores são Hidetoshi Nakata e o brasileiro naturalizado japonês Alex Santos. O meia Nakata, com passagens por alguns clubes da Europa, é o grande articulador da equipe, enquanto Alex destaca-se pelo apoio qualificado pela lateral-esquerda. O Japão caracteriza-se pela marcação incansável e jogadores rápidos. Considerando a última vez em que se enfrentaram – empate por 2 a 2 na Copa das Confederações, este ano – o Brasil não terá muitas facilidades pela frente. Na ocasião, já treinada por Zico, por pouco o Japão não virou o jogo nos minutos finais. A esperança é que desta vez, o conhecimento do Galinho ajude o Japão a bater a seleção brasileira, além de tentar melhorar o desempenho dos orientais em relação à última Copa.

Time-base: Seigo Narazaki; Makoto Tanaka, Atsushi Yanagisawa, Yuji Nakazawa e Alessandro Santos; Mitsuo Ogasawara, Shunsuke Nakamura, Tsuneyasu Miyamoto e Hidetoshi Nakat; Naohiro Takahara e Takashi Fukunishi.

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