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Oscar De La Hoya x Manny Pacquiao: luta vale título e futuro para o norte-americano | Steve Marcus / Reuters
Oscar De La Hoya x Manny Pacquiao: luta vale título e futuro para o norte-americano| Foto: Steve Marcus / Reuters

A força e experiência do norte-americano Oscar De La Hoya serão testadas neste sábado, no ringue do MGM Hotel, em Las Vegas, diante da juventude e da velocidade do filipino Manny Pacquiao. O combate vale pelos meio-médios (até 66,678 quilos), categoria em que De La Hoya não luta há nove anos, pois subiu de peso, enquanto Pacquiao jamais atingiu tal marca na balança. O evento será transmitido pelo canal HBO Plus, a partir das 23 horas (horário de Brasília), sendo que a luta entre os dois deve começar somente às 2h30 da madrugada de domingo.

Uma derrota significará para De La Hoya o fim de uma carreira brilhante, com dez títulos mundiais conquistados em seis categorias e quase US$ 500 milhões na conta bancária. A vitória, por outro lado, vai colocá-lo diante de mais um desafio: diante do britânico Rick Hatton, no ano que vem, no Estádio de Wembley, em Londres, para um público de mais de 100 mil pessoas.

Rick Hatton, que está em Las Vegas para acompanhar o combate deste sábado, também será o próximo adversário de Pacquiao, caso o filipino vença De La Hoya. Aí, o duelo entre eles seria em Dubai.

A diferença de tamanho entre os lutadores causou polêmica para a realização da luta - De La Hoya tem 1m80 contra 1m69 de Pacquiao. O Conselho Mundial de Boxe, por intermédio de seu presidente Jose Sulaymán, foi contra. "O boxe, como todas os esportes, precisa de atrações. E esta é uma das maiores de todos os tempos", disse Larry Merchant, de 77 anos, comentarista da HBO.

A luta ganhou um tempero a mais a partir do momento em que De La Hoya considerou o duelo "pessoal". Acontece que Pacquiao assinou no ano passado um pré-contrato com a Golden Boy Promotions, empresa de De La Hoya, para sete lutas. Chegou a receber US$ 300 mil de adiantamento, mas acabou assinando com a Top Rank, do lendário Bob Arum. O caso foi parar na Justiça e só um acerto propiciou a realização do combate deste sábado.

"Nunca imaginei enfrentá-lo, mas agora não vejo a hora de subir no ringue e vencê-lo. Não ficarei nada satisfeito se não for por nocaute. Ele vai me pagar", disse um furioso De La Hoya. "Garanto que farei o meu melhor como sempre fiz", evitou polemizar um tímido Pacquiao.

A guerra de palavras segue entre os técnicos. Ignacio "Nacho" Beristain afirmou que De La Hoya vai lutar "corretamente desta vez". Segundo o experiente treinador mexicano, o pupilo não foi bem orientado por Freddie Roach na derrota para o norte-americano Floyd Mayweather no ano passado. "Oscar sabe porque mudou a tática e perdeu a luta", retrucou Roach, que estará dessa vez no córner de Pacquiao.

Junto com De La Hoya estará também o lendário técnico Angelo Dundee, de 87 anos. Sua presença fez alguns especialistas acreditarem que De La Hoya poderá "dançar" ao melhor estilo Muhammad Ali e Sugar Ray Leonard, dois grandes campeões da história do boxe que foram treinados por Dundee, para fugir do assédio inicial de Pacquiao.

Espera-se também um duelo entre mexicanos e porto-riquenhos, adeptos de De La Hoya, e filipinos, evidentemente a favor de Pacquiao, no ginásio do MGM Hotel. Mais de 30 mil hispânicos estão na cidade para acompanhar seu ídolo em ação, enquanto 65 mil imigrantes vindos das Filipinas vivem no estado de Nevada, onde fica Las Vegas.

Currículos

Oscar De La Hoya, conhecido como Golden Boy (Garoto de Ouro), está com 35 anos. Já foi campeão mundial dos superpenas, leves, meio-médios-ligeiros, meio-médios, médios-ligeiros e médios, num cartel de 39 vitórias (30 nocautes) e cinco derrotas. Já Manny Pacquiao, cujo apelido é Pacman, está com 29 anos. Com 47 vitórias (35 nocautes), três empates e duas derrotas na carreira, ele soma títulos mundiais em três categorias diferentes: supergalos, penas e superpenas.

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