Duas vitórias e duas derrotas em quatro partidas não é exatamente o balanço dos sonhos para um técnico da seleção brasileira, mas Mano Menezes tem motivos para ficar satisfeito com o que viu seu time sub-23, reforçado por alguns jogadores acima dessa idade, fazer nos claros triunfos sobre Dinamarca e Estados Unidos e nos tropeços diante de México e Argentina.
Não apenas porque a equipe mostrou um futebol de alto nível (com exceção do duelo contra os mexicanos), mas também porque não foram poucos os jogadores que desabrocharam e mostraram que podem brilhar na Olimpíada e, mais tarde, brigar por espaço na seleção principal.
O jogador que mais ganhou pontos com Mano Menezes nesses amistosos foi Oscar. O meia do Internacional, que quase não foi convocado porque ficou muito tempo sem jogar por causa da disputa jurídica com o São Paulo, foi titular em todos os jogos e exibiu um futebol de alta classe, com muita criatividade e passes preciosos, e ainda fez um belo gol contra a Argentina.
Seu sucesso foi tão grande que ele não apenas garantiu seu lugar na Olimpíada como se tornou forte candidato a ser titular em Londres, mandando Paulo Henrique Ganso para o banco de reservas. É possível que os dois joguem juntos, mas as chances não são grandes.
Outro que se deu bem na excursão foi o goleiro Rafael Cabral (chamado agora pelo sobrenome para se diferenciar do lateral-direito Rafael Silva). Ele foi titular nas três partidas em que fez parte do grupo ainda estava no Brasil quando a seleção venceu a Dinamarca e se saiu muito bem. A menos em caso de acidente de percurso, será titular na Olimpíada.
Se alguns jogadores subiram no conceito de Mano Menezes, é natural que alguns tenham caído. Isso vale para o lateral-direito Danilo e o atacante Leandro Damião, que perdeu espaço para Alexandre Pato.
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