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O safety car é seguido pelos companheiros de equipe Mark Webber e Sebastian Vettel momentos antes de o alemão ficar para trás e acabar punido por deixar um espaço muito grande em relação ao carro da frente | Dimitar Dilkoff/ Afp
O safety car é seguido pelos companheiros de equipe Mark Webber e Sebastian Vettel momentos antes de o alemão ficar para trás e acabar punido por deixar um espaço muito grande em relação ao carro da frente| Foto: Dimitar Dilkoff/ Afp
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Não podia mesmo ser diferente. A vantagem técnica da Red Bull nos 4.381 metros do circuito de Buda­peste era tão grande que só um incidente, ontem, lhe tiraria a vitória, o que não aconteceu, ao menos com Mark Webber. Com o segundo lugar de Fernando Alonso, da Ferrari, o terceiro de Sebastian Vettel, companheiro de Webber, e o abandono de Lewis Hamilton, da McLaren, então líder do campeonato, a disputa ficou sensacional: 20 pontos apenas separam Alonso, quinto, de Webber, novo líder do Mundial. O brasileiro Felipe Massa, que largou em quarto, terminou na mesma posição.Mas, apesar de o modelo RB6-Renault da Red Bull de Vettel ter sido mais de um segundo mais rápido que a Ferrari F10 de Alonso na classificação, as 70 voltas do GP da Hungria fugiram o padrão de monotonia da prova, gerado principalmente pela impossibilidade de se ultrapassar da pista.

As razões para a corrida ter sido emocionante foram a perda do se­­gundo lugar de Webber para Alonso, na largada, a estratégia ousada do australiano para tentar vencer, a entrada do safety car na pista, na 14.ª volta, por causa de detritos do Force India de Vitantonio Liuzzi, e a batalha quase mortal de Rubens Barri­­chello, Williams, com o inconsequente Michael Schumacher, da Mercedes, da 61.ª à 65.ª volta.

"Que presentão ganhei", disse Webber. Depois de cair para terceiro na largada e Vettel, com um carro impressionantemente rápido, permanecer na liderança, as possibilidades de Webber vencer diminuíram muito. O presente a que ele se refere foi a punição de Vettel com um drive through.

"A equipe me explicou, mas continuo sem entender o motivo de ter sido punido", afirmou o jovem alemão, chateado como nunca. O castigo foi imposto por ele não respeitar a distância máxima de dez carros em relação ao piloto da frente, no mo­­mento em que o safety car estava na pista.

Webber decidiu esperar Vettel, que estava na frente, fazer seu pit stop antes de entrar nos boxes. Por não parar, ele passou para a ponta quando o carro de segurança en­­­trou em ação. Vettel, que fez o pit stop, vinha atrás, mas com o rádio fora de uso. "Achei que o safety car não liberaria a corrida, não havia como saber porque estava sem rádio", argumentou Vettel, irritado. "De repente, vi Webber acelerar e a distância entre ele (primeiro) e eu (segundo) aumentou muito, foi quando compreendi que a corrida recomeçaria."

Essa hesitação de Vettel fez com que todos os demais atrás dele perdessem muito tempo em relação a Webber, lá na frente. O jovem alemão involuntariamente os bloqueou, daí a punição. "É muito difícil aceitar, eu deveria ter vencido", comentou Vettel.

O desafio de Webber era enorme: abrir cerca de 20 segundos de Alonso para realizar, então, o pit stop que não fez quando o safety car estava na pista, e sair dos boxes na frente do espanhol para ganhar a corrida. "Nós não tínhamos referência precisa se os pneus supermacios iriam suportar 42 voltas, como fiz. O dianteiro esquerdo havia acabado nas voltas finais", explicou Webber. "Quando consegui 22,8 segundos de vantagem disse a mim mesmo: ‘vai dar certo’."

E deu. O australiano fez a parada e voltou com folga, na liderança, na frente de Alonso. Vettel ainda ficou na frente de um apagado Felipe Massa, (quarto colocado), ao regressar à pista depois do drive through, para ser terceiro. Alonso falou sobre conter o ataque de Vettel na luta pelo segundo lugar: "As características do traçado me permitiram garanti-lo. Se fosse em outro circuito não seria possível, a Red Bull estava muito mais rápida."

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