Logo após a oitava derrota do Atlético no Brasileiro, contra o Vasco no último sábado, Renato Gaúcho avisou: "A gente precisa de um matador". A diretoria rubro-negra admite que o técnico deve receber um centroavante, porém somente para "fazer parte do grupo", nas palavras de Alfredo Ibiapina, responsável pelo departamento de futebol do Furacão.

CARREGANDO :)

A declaração do treinador chegou a surpreender porque indicava que ele não confiava no recém-contratado Santiago García, mais conhecido como "El Morro", para ser esse homem-gol. "Não, não é isso. Na hora de substituí-lo não tem quem pôr", explicou Ibiapina.

"Só estamos com o Morro, precisamos de outro jogador de ataque. Perdemos reposição", completou, lembrando que o argentino Nieto passou ontem por uma cirurgia no tornozelo (retirada de fragmento de osso) e desfalcará a equipe de quatro a seis semanas.

Publicidade

Há um mês o Atlético investiu US$ 4,3 milhões (US$ 2 milhões à vista) para fazer a aquisição mais cara da história do futebol paranaense, tirando García do Nacional. Ele foi o artilheiro do Campeonato Uruguaio na temporada 2010-2011, com 23 gols marcados. Ibiapina diz estar satisfeito com o gringo, que não marcou em suas duas primeiras partidas com a camisa rubro-negra:"Ele nem começou a jogar ainda", desconversou o cartola.

Um nome para o setor é o veterano Itamar, ex-Palmeiras, de 31 anos. Porém a contratação só será sacramentada se o clube conseguir inscrevê-lo na CBF até amanhã, data-limite para a aquisição de jogadores oriundos do exterior – o atleta pertencia ao Tigres, do México, e estava emprestado ao Al-Rayyan, do Catar. Precavido, o Atlético procura uma outra opção.

Nesta temporada, o Rubro-Negro utilizou, além de García, seis centroavantes. O artilheiro entre eles é Nieto, com oito gols em 19 partidas disputadas. Adaílton (5 gols em 17 jogos), Edgar Junio (1 em 2), Lucas (7 em 20), Wescley (0 em 9) e Henan (0 em 4) também tiveram oportunidades. Os três últimos não estão mais no clube. Com a carência na posição, até Guerrón chegou a atuar por ali. Em todo o ano, o equatoriano marcou 8 vezes em 31 confrontos.

Lanterna do Brasileiro com 2 pontos em 10 rodadas, o Atlético tem de longe o pior ataque da competição, com apenas três gols. Os mais próximos são Fluminense e Atlético-GO, com oito bolas na rede cada.