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No banco de reservas, atuando como treinador, Gilberto Pereira não difere muito do zagueirão Gilberto que despontou no Matsubara no início dos anos 80 e teve passagem bastante discreta pelo Coritiba, em 1988. Como afirmaram todos os entrevistados pela Gazeta do Povo que tiveram contato com o novo comandante do Coxa, tanto na condição de atleta como técnico, Gilberto é um "cara de grupo", sério na hora da cobrança, muito brincalhão quando convém.

"Eu era juvenil e ele, júnior. Lembro que chegava junto, não tinha muita habilidade, mas era bom cabeceador e fazia o estilo líder dentro de campo", revela o meia Carlos Alberto Dias, atualmente sem clube, que começou com Gilberto no Matsubara, em Cambará, e assim como o ex-companheiro, porém com mais destaque, passou pelo Coritiba no fim da década de 80.

Contemporâneos do novo comandante do Coxa no período de jogador no Alto da Glória, os meias Marildo e Tostão reforçam o jeito extrovertido fora das quatro linhas. "Ele sempre fazia brincadeiras com o grupo. Acabou jogando pouco, mas era muito forte na marcação", diz Tostão. "Mesmo tendo vindo do interior, chegou mostrando muita personalidade e carisma", conta Marildo.

A curta temporada com a camisa alviverde durou cerca de quatro meses. Fez 15 partidas (venceu três, empatou cinco e perdeu sete), e atuou somente no Campeonato Paranaense. Depois, teve uma passagem pelo Pinheiros.

Como treinador, fez sua estréia no Ecus, de Suzano (SP), e em seguida treinou o Iraty. No Azulão, ficou por quatro anos, e deixou só boas recordações. "Foi muito bem nos juniores, revelou jogadores, treinou o profissional e teve ótimos resultados", aponta Paulinho Alves, supervisor da equipe na época e hoje assessor da presidência do Iraty.

Mas foi na Adap que Gilberto Pereira apareceu no cenário estadual e conquistou seu maior sucesso na carreira, sendo vice-campeão paranaense este ano, derrotado pelo Paraná na grande final. Desbancou o Atlético nas quartas-de-final e o Coxa nas semifinais. A boa performance rendeu um contrato com o CSA, de Alagoas, onde ficou pouco tempo, acabando no Palmeiras. No Parque Antártica, retomou o trabalho com as categorias de base, como técnico da equipe júnior, em seguida assumindo o time B do alviverde paulista.

Orientado pelo técnico na boa campanha pela Adap, o agora zagueiro coxa-branca Leandro ficou feliz com a contratação do velho conhecido. "Foi uma das melhores pessoas com quem já trabalhei. Ele está sempre fazendo confraternizações com as famílias, e por confiar e dar abertura para a gente, cobra o nosso desempenho sempre", relata.

Também no grupo da Adap vice-campeã, o dirigente Luiz Chanceller destaca outras características de Gilberto Pereira. "Ele sempre tenta inovar, informatizar tudo, e é muito vibrante na condução do time. Tenho certeza de que o Coritiba acertou", declara o atual gerente de futebol da fusão Adap-Galo Maringá.

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