Estádio Anacleto Campanella, do São Caetano, receberá neste sábado mais um jogo decisivo na história do Atlético| Foto: Claudinei Plaza/ Diário do Grande ABC

Atleticanas

Clássico: O Atlético tem até hoje para indicar o estádio que pretende jogar o clássico contra o Paraná na última rodada da Série B. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar requisitaram ao clube e à Federação Paranaense de Futebol (FPF) a mudança para garantir a segurança dos torcedores. Além desse jogo, o Furacão também precisa definir o local dos clássicos do Paranaense do ano que vem. O Coritiba e o Paraná não foram procurados, assim como a Fundação de Esportes de Paranaguá, administradora do Gigante do Itiberê, no Litoral paranaense.

Repúdio: O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) publicou uma nota de repúdio a um panfleto apócrifo que foi distribuído no último jogo do Atlético, no domingo, no Ecoestádio – a publicação denominada "Informativo da Mobilização Atleticana" faz declarações ofensivas ao colunista da Gazeta do Povo Aírton Cordeiro. "Os responsáveis pelo panfleto devem ser procurados e as medidas cabíveis devem ser tomadas pelos órgãos competentes para que este tipo de atitude não volte a ocorrer", diz a nota do Sindijor-PR.

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O vendedor Luciano do Ro­­cio, de 34 anos, tem na memó­­ria todos os momentos da tarde mais feliz da história do Atlético e uma das mais emocionantes da vida dele: 23 de dezembro de 2001.

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Desde o título brasileiro se passaram quase 11 anos, ou melhor, 10 anos e 11 meses – como ele mesmo prefere enfatizar. E agora, todo esse tempo depois, ele vai retornar a São Caetano do Sul, ao mesmo Estádio Anacleto Campanella, para acompanhar – o jogo será sábado, às 16h20 – mais uma decisão de grande importância para a história do clube.

"Estou indo para buscar a mesma alegria de 2001. Foi uma felicidade inexplicável, uma emoção totalmente diferente. Vejo vídeos até hoje e dificilmente vou ter uma emoção igual. Tomara que eu volte alegre de novo", espera Rocio, que garantiu o ingresso ontem e já fretou, junto com amigos, um ônibus para o ABC paulista.

Ele terá bastante companhia lá. Pelo menos outros 1.079 rubro-negros estarão no palco onde o Furacão sente-se muito à vontade, quase em casa – os 1.080 ingressos destinados aos atleticanos se esgotaram, ontem, poucas horas depois de começarem a ser comercializados.

O número de torcedores do Atlético, porém, deve ser maior. As bilheterias do estádio estarão abertas no dia do jogo e quem estiver disposto a dividir espaço com seguidores do Azulão, pode engrossar o preto e vermelho nas arquibancadas.

"Sabemos que o São Cae­­tano não tem muita tradição e tem pouca torcida. Os torcedores do Atlético vão fazer muito mais barulho do que os do São Caetano. O atleticano tem de se sentir em casa lá. É uma oportunidade e um grande passo para voltar à Primeira Divisão", comenta o volante Cocito, um dos atleticanos que estiveram em campo na conquista do título em 2001.

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Os números comprovam a tese de "casa atleticana" em São Caetano do Sul. A média de pagantes do rival de sábado é de apenas 615 pagantes por jogo nesta Série B. E os torcedores rubro-negros, sozinhos, vão quebrar o recorde de público do Anacleto Campanella na competição – a atual marca é de 1.047, no jogo entre São Caetano e Guarani, na 19.ª rodada.

A mobilização tem explicação. Apesar de não ser uma final propriamente dita, um triunfo do Atlético praticamente sela o retorno à Série A – o clube paranaense (4.º colocado na tabela) tem 62 pontos, um a mais do que o Azulão (5.º), restando apenas cinco rodadas.

"É mais uma final. Não é tão importante como o título, mas devido às circunstâncias, a importância é parecida. Nunca esperávamos ver o Atlético na Segunda Divisão, mas tem tudo para subir se vencer o jogo", analisa o zagueiro Gustavo, outro personagem da conquista de 2001.

Gustavo, aliás, estará no estádio. "Todo atleticano não esquece esse nome [Anacleto Campanella] nunca mais. Vou estar lá. Vai ser uma fes­­ta linda e com a felicidade para o lado do Atlético de novo", prevê.