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Cogitado como o camisa 10 da "seleção da saudade" do Campeonato Paranaense, o meia Palhinha praticamente descartou sua vinda para o Roma, de Apucarana. Segundo o jogador, a oferta do clube – através do empresário Vitor Nasser, que estava intermediando a negociação – não chega nem a 10% do que ele ganhará em São Paulo, encabeçando um projeto de formação de jogadores da Rede Estância Brasil, complexo esportivo e de lazer que visa a entrar no mercado profissional da bola nos próximos anos.

O presidente do Roma, João Wilson Antonini, disse à imprensa que Palhinha estava praticamente certo, e ganharia R$ 7 mil. O jogador negou, revelou-se magoado e desvalorizado. "Se eu quisesse, poderia até arrumar problema para o clube, mas não farei isso", declarou, salientando que a proposta da equipe paranaense era muito menor – e mesmo que chegasse a esse valor, ele não aceitaria.

A reportagem procurou Antonini para comentar o assunto, mas ele não atendeu as ligações. Outro problema alegado pelo jogador foi o tempo de contrato. "Eu ficaria por três meses aí (no Roma), enquanto aqui (em São Paulo) tenho proposta para três anos".

Motivação fora de campo

Em 2005, Palhinha atuou pelo Farroupilha (RS), recebendo R$ 15 mil por mês. Havia a possibilidade de renovação. Porém a nova empreitada e a chance de estabilizar-se na capital paulista fizeram com que ele trabalhasse a idéia de deixar os gramados. "Não descartei ainda a possibilidade de continuar jogando, mas estou motivado para trabalhar fora de campo", revelou.

Com 38 anos completados em dezembro, Palhinha caminha para o encerramento de uma carreira de glórias. Foi campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes pelo São Paulo de Telê Santana em 1992 e 93, e novamente da Libertadores em 1997, dessa vez vestindo a camisa do Cruzeiro.

"Me sinto feliz, com muito orgulho do que construí no futebol. Tenho títulos que todos sonham em ganhar", disse.

A provável vinda dele para o Roma – que revelou-se furada – seria mais uma atração do interior do estado no Campeonato Paranaense. A disputa desse ano contará com o lateral Vitor (ex-São Paulo, no Paranavaí) e o atacante Sinval (ex-Coritiba, no Cianorte), entre outros. No banco de reservas, estarão os técnicos Rincón (ex-Corinthians, no Iraty), Célio Silva (ex-Corinthians e Internacional, no Paranavaí) e Vica (ex-Fluminense, no Londrina).

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