Uma tarde sonolenta no Palestra Itália. Palmeiras e São Paulo empataram por 0 a 0 neste domingo (24) pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado deixou o time palmeirense com quatro pontos, enquanto o rival do Morumbi, atual tricampeão brasileiro, somou seu segundo ponto.
Preocupados com os confrontos pelas quartas de final da Copa Libertadores nesta semana, os treinadores escalaram os times com três zagueiros. O objetivo era reforçar a defesa e, principalmente, garantir um bom resultado no clássico e evitar a cobrança por parte dos torcedores.
Ao longo da semana, Muricy Ramalho reclamou das perguntas sobre o esquema tático do clube. "Jogamos assim há três anos e sempre ganhamos", esbravejou o treinador. E o São Paulo novamente utilizou o que tem de melhor: a bola aérea. No primeiro lance, aos nove minutos, Dagoberto cabeceou e Marcos fez linda defesa.
Marcos, aliás, foi mais uma vez o grande destaque do Palmeiras no primeiro tempo. O goleiro fez outro "milagre" aos 12 minutos. Sem ritmo de jogo, Mozart errou o passe no meio-campo e entregou de presente para Jorge Wagner. O lateral-esquerdo lançou Dagoberto, que chutou forte e só não comemorou o gol devido à intervenção do goleiro palmeirense.
Apesar de atuar em casa, o time de Vanderlei Luxemburgo demorou a entrar no jogo. Lance de perigo só aos 31 minutos. Wendel, que jogou na vaga de Fabinho Capixaba, cruzou para Keirrison. O atacante mandou de primeira para o gol, mas Denis espalmou. Armero pegou o rebote e cabeceou, mas André Dias impediu que Diego Souza completasse para as redes.
O pequeno público no Palestra Itália refletiu o jogo morno do primeiro tempo. A última chance criada antes do intervalo foi novamente do São Paulo. Jorge Wagner cobrou falta perto do bico esquerdo da grande área. Marcão não conseguiu cortar e Washington, na pequena área, mandou uma bomba. A estrela de Marcos brilhou de novo.
Luxemburgo alterou o Palmeiras para a etapa final e adotou o 4-4-2. O atacante Lenny ocupou o espaço do zagueiro Danilo, enquanto o volante Souza, com melhor saída de bola, entrou na vaga de Mozart. Assim, o time encontrou o espaço que não teve no primeiro tempo.
Aos nove minutos, o lance mais polêmico da partida. Diego Souza driblou dois marcadores e entrou na área. Miranda deu um carrinho e tocou na perna do palmeirense. O árbitro Rodrigo Braghetto mandou o lance seguir e revoltou Luxemburgo, que pediu a marcação da penalidade.
O São Paulo sentiu a pressão do Palmeiras e ficou acuado em seu campo. Aos 11 minutos, Keirrison perdeu uma chance incrível. Cleiton Xavier deu passe e deixou o atacante na cara do gol. Ele bateu cruzado. Denis ficou batido na jogada, mas a bola passou à direita, muito perto da trave.
Muricy foi obrigado a mexer no São Paulo. O treinador colocou Arouca na vaga de Hernanes, que caiu muito de produção nos últimos jogos. A alteração reequilibrou o jogo. E o Palmeiras ainda perdeu o zagueiro Maurício Ramos, expulso justamente aos 31 minutos por falta em Dagoberto - Richarlyson, pelo São Paulo, só foi expulso nos acréscimos.
Apesar da superioridade numérica, o São Paulo perdeu um gol incrível com Washington, aos 46 minutos - Marcos novamente defendeu. O resultado, de certa forma, foi comemorado pelos dois times. Inconformado, mesmo, ficou Luxemburgo, que saiu de campo aos gritos. "O pênalti que ele não deu. Quero ver vocês falarem.
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