Palmeiras volta ao G4 e põe Corinthians na ZR

• 0

São Paulo – Cinco a zero. Esse é o placar total do confronto Palmeiras x Corinthians no ano – foram três jogos, todos ganhos pelo time do Palestra Itália. Poderia ser apenas o resultado do jogo de ontem, tamanha a diferença técnica das duas equipes. Mas o 1 a 0 no Morumbi, gol do zagueiro Nen, acabou sendo suficiente para os comandados de Caio Júnior voltarem à briga por uma vaga na Taça Libertadores de 2008 e para devolver o arqui-rival à zona de rebaixamento do Brasileiro.

A dança do chileno Valdivia no fim do clássico, comemorando o resultado com sua torcida, serviu de continuidade ao apresentado em campo na partida. O meia palmeirense tirou vários corintianos para dançar, driblou, deixou rivais sem ação, abusou da habilidade, como em toque maravilhoso de calcanhar. Para pará-lo, só com faltas.

Em 90 anos da história do confronto, mesmo nas goleadas, seja de qual for o lado, dificilmente um palmeirense ou um corintiano viu um duelo tão fácil.

Não fosse o goleiro Felipe, o Corinthians teria levado uma das maiores surras de sua história. Mesmo com dores de cabeça e tontura por causa do forte calor (34 graus), o camisa 1 fez o que pôde para parar Caio, Leandro, Max, Nem e Martinez, todos dando enorme trabalho em finalizações.

Não conseguiu, porém, segurar a cabeçada de Nen, já na segunda etapa. O camisa 14 apareceu aos 14 minutos para afundar o Corinthians na crise e reerguer o moral de sua equipe, um pouco abalada após a soma de só quatro pontos nos últimos cinco jogos. "Temos grandes chances de atingir os 64 pontos e chegar à Libertadores", disse o técnico Caio Júnior, que perdeu Valdivia para a visita ao América, domingo. O chileno levou o terceiro cartão amarelo.

Ainda mais embalado por bater seu principal rival e fazer Vampeta sofrer nova indigestão (queria comer carne de porco). O Palmeiras mostrou, mais uma vez, que futebol se ganha na bola. Ao Corinthians, restam 11 rodadas. Ou muda de postura ou que comece a se preocupar com Ponte Preta, Marília, Gama, Santa Cruz – rivais da Série B.