Rifa para jogar
Ainda sem patrocínio, Teliana passou os últimos anos com dificuldade para bancar as viagens para recuperar os lugares perdidos no ranking mundial. "Fiz até rifa de uma raquete para bancar os custos", conta. Agora, poderá se preocupar somente com backhands ou forehands: há uma semana, foi confirmada na equipe de alto rendimento montada por Larri Passos e Gustavo Kuerten, em parceria com a CBT e o Ministério do Esporte.
Ao total, serão contemplados 14 atletas, com um investimento de R$ 2 milhões, visando à formação do time para a Olimpíada de 2016. "Ainda não sei muitos detalhes, mas vou ter a possibilidade de seguir treinando em Curitiba e também em Camboriú", diz a tenista.
Medalha de bronze nas duplas no Pan do Rio em 2007, Teliana Pereira ganhou a segunda chance para tentar ser a terceira tenista brasileira a ganhar o ouro em um Pan-Americano, ao lado de Maria Esther Bueno (1963) e da paranaense Gisele Miró (1987).
A atleta foi confirmada no final de agosto para o time que disputa os Jogos de Guadalajara, a partir de 14 de outubro, no México. A convocação veio em um bom momento: quando a tenista voltou a jogar bem, depois de três anos em que as principais adversárias foram as lesões.
Aos 23 anos, a pernambucana radicada em Curitiba é a quarta melhor brasileira no ranking mundial, na 307.ª posição e, depois da convocação da Confederação Brasileira de Tênis (CBF), mudou sua estratégia para setembro e outubro. A princípio, estaria na Europa jogando para tentar galgar alguns degraus no ranking.
"Decidi priorizar o fortalecimento, com sessões de fisioterapia e fico no Brasil até o Pan", conta.
Ela alterna a preparação em Curitiba e em Balneário Camboriú (SC), na academia de Larri Passos, ex- técnico de Gustavo Kuerten, onde treina outro membro da família Pereira, Zé Pereira, destaque dos torneios Future espécie de vestibulares para quem sonha em se profissionalizar no tênis.
Competições que Teliana também jogou no início da carreira, antes de tornar-se revelação da modalidade, ao entrar para o Top 200 do mundo (foi 196.ª em 2007) e, que voltou a disputar em 2010, em um verdadeiro reinício da carreira.
"Depois de um problema no ombro, entre 2008 e 2009, precisei operar o joelho direito [no menisco], em abril de 2009. Voltei a jogar, mas sentindo muitas dores. Só no final do ano é que os médicos decidiram que a solução seria uma nova cirurgia [nos ligamentos]", conta Teliana, que chegou a temer pela carreira.
Depois de retomar o ritmo nos Futures, foi aumentando o nível de dificuldade. Em maio deste ano, venceu o Challenger de Denain, na França, em quadra de saibro.
Para a competição no México, a tenista prefere não criar expectativas. "Dá um frio na barriga pensar no Pan, Adoro essas competições por estar no jogo representando o Brasil. Vou com mais experiência, no Rio, eu tinha só 19 anos", lembra.
No time feminino, além de Teliana, foram convocadas Ana Clara Duarte e Vivian Segnini. No masculino, o Brasil jogará com João Souza, Rogério Dutra Silva e Ricardo Mello, os três são estreantes na competição.
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