Assim que terminou o clássico entre Corinthians e Santos, uma confusão tomou conta do Pacaembu. Um torcedor corinthiano colocou uma faixa na grade que separava as duas torcidas, e a faixa foi tirada por um santista. Outros a pisotearam e botaram fogo no pedaço de tecido.
Foi a senha para que a Polícia Militar entrasse em ação contra integrantes das duas torcidas, com golpes de cassetetes. Nos minutos após o apito final, 15 torcedores do Santos foram detidos. Um sinalizador foi atirado por integrantes de uma torcida organizada do time visitante.
Quando a tensão parecia diminuir, os ânimos foram inflamados por pessoas que estavam no camarote da diretoria do Santos. Os irmãos do presidente Marcelo Teixeira, Mohammed Teixeira e Milton Teixeira Filho, atiraram objetos e água nos torcedores corintianos nas numeradas. Gritavam que não demoraria e o Corinthians iria jogar na Vila Belmiro, já inflamando os ânimos para o próximo confronto entre as duas equipes, no Campeonato Brasileiro - ou talvez na fase final do Paulistão.
Cercado por seguranças, o mandatário do clube saiu pelo setor onde estava a torcida do Peixe cuspindo marimbondos e xingando policiais militares. "Venham me bater agora, seus f.d.p.! Por que não vêm agora? Podem bater no presidente do Santos...", berrou, enquanto era empurrado em direção à saída do estádio por assessores e seguranças mal-encarados. Nem os torcedores do Santos pouparam o cartola, xingando-o e criticando o time montado para a atual temporada.
Mais calmo, no vestiário, Teixeira considerou a torcida santista vítima da ação da polícia e das provocações dos corintianos. "Foi um clássico que começou com medidas e ações desastrosas. Quero dizer às autoridades que não basta limitar a 5% dos ingressos para a torcida visitante. Nós tivemos cenas lamentáveis não por causa dos 5% da torcida do Santos, que ficou encurralada e apanhando da Polícia Militar", protestou o presidente, negando ter jogado qualquer objeto na torcida corintiana.
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