Junte dois laterais com atuação desastrosa, uma defesa exposta, um meio-de-campo atrapalhado e um ataque abaixo da média. O resultado só pode ser a derrota. O Atlético falhou em todos os setores ontem na Arena. E enquanto o Rubro-Negro sofria com a própria atuação, o time misto do Santos aproveitou e freou a arrancada atleticana no Brasileiro.
O Furacão buscava a terceira vitória seguida no Nacional, feito só conquistado no início da edição de 1991, mas amargou o 1 a 0 e deixou a ponta da tabela. Já o Peixe, com atenções divididas entre o Brasileiro e a Libertadores, conseguiu a primeira vitória no torneio e ganhou mais confiança para a semifinal contra o Grêmio, na quarta-feira.
Todo o planejamento do Atlético para a partida sucumbiu diante de um erro primário: o passe. Podia ser curto, longo, cruzado, não importava. Os jogadores abusaram da falta de capricho a ponto de irritar a torcida, que acabou levando a culpa.
O goleiro Guilherme, prata da casa até ontem dono de grande empatia do público, reclamou que os jogadores estão refletindo em campo a impaciência dos fãs. "Não é forçando o jogo na Arena que vamos conseguir as vitórias", disparou o camisa 1.
Se o sentimento nas arquibancadas foi de desaprovação, o futuro é motivo de preocupação. O jogo marcou a despedida do zagueiro Marcão, esperado hoje no Beira-Rio. Outro adeus definitivo pode ser o de Alex Mineiro. O atacante terá a multa rescisória reduzida em 50% nesta semana aumentando o já intenso interesse de equipes como Santos, Palmeiras e Fluminense. Para piorar, Ferreira desfalcará o Atlético para defender a seleção colombiana.
O Atlético tentou se preparar para encarar os titulares, os reservas e ou time misto do Santos. Mas não pensou que o inimigo seria ele mesmo. Afobada, a equipe fez um primeiro tempo muito ruim. Uma tabela entre Alex Mineiro e Ferreira foi o único sinal de inspiração num time afobado. Enquanto isso, o Santos administrou o jogo, marcou bem e mandou duas bolas na trave. Uma delas foi chutada pelo ex-atleticano Marcos Aurélio e voltou nos pés de Rodrigo Tabata, que garantiu o gol da vitória aos 16 minutos do primeiro tempo.
Após sofrer na etapa inicial, o técnico Oswaldo Alvarez ajeitou o time, mas nenhuma bronca ou posicionamento corrigiria a falta de pontaria coletiva que tomou conta do Atlético. "Erramos em todos os quesitos", resumiu o treinador cada vez menos estável no cargo.
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