Pantera aposta na mala branca por vaga na semi

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A quantia é quase um mistério. Mas a mala não. Vitória do Bairro Alto contra o Trieste, no campo dos italianos, hoje às 15h30, e o lendário Malaquias vai invadir o vestiário para fazer a festa da turma vitoriosa – ou não, dependendo do "cascalho" oferecido. Assim, através de um dopping financeiro para o Esquadrão de Aço – e batendo o Urano fora de casa no mesmo horário – o Vila Hauer pretende chegar às semifinais da Divisão Especial da Suburbana.

"No intuito de conseguir uma vitória é perfeitamente normal. O que não pode acontecer é dar dinheiro para perder", acredita Vilson Luiz, presidente do interessado. Com seis pontos na tabela do grupo B, contra oito do Trieste, o Pantera do Bairro precisa da combinação de resultados para seguir adiante, e juntar-se ao Capão Raso, Combate e Urano na briga pelo caneco.

No caso de igualdade de pontos ao final das partidas, o regulamento da Federação Paranaense de Futebol (FPF) prevê vantagem para quem tiver maior número de vitórias, mas não deixa claro se apenas na segunda fase ou no campeonato inteiro. Com o empate, o Vila teria mais vitórias no quadrangular (três contra duas), enquanto o Trieste tem no geral (sete).

Considerando a falta de motivação do Bairro Alto, fora da disputa, e o adversário pela vaga atuando em casa, só mesmo o "homem da mala preta" para manter viva a esperança. O aditivo deve girar entre R$ 1.500 e R$ 2 mil para o grupo todo rachar, grana reunida graças aos patrocinadores. Nas internas, chegou-se a comentar que um diretor do Vila havia proposto "15 pilas" pelo serviço. Vilson Luiz nega a oferta do "dinheiro do lanche". "Seria uma provocação", diz.

"Só se ele aparecer durante o jogo. Ninguém falou nada para nós", revela Genivaldo dos Santos, presidente do Bairro Alto. Se vai rolar ou não o extra, a orientação é vencer a partida e terminar a competição de forma honrosa. "Confiamos na hombridade dos nossos atletas". Mas, sabe como é... "O dinheiro será bem vindo, pois no amador passamos muitas dificuldades", completa o dirigente. Resta agora saber se o artifício será suficiente para alterar o rumo natural da bola.