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O homem que já anunciou a contratação do pentacampeão Edílson, assim como a compra do Pinheirão, sem contar a aquisição das ações do clube Puebla (México), além de anunciar aquele projeto ousado para construir um estádio no terreno do antigo Hospital Nossa Senhora da Glória ("Uma arena multiuso, algo entre Santiago Bernabeu e La Bombonera"), agora foi mais longe. Aurélio Almeida afirmou que, em parceria com o grupo mexicano Televisa, estaria adquirindo o J. Malucelli. De acordo com o dono do Real Brasil, o negócio estaria sendo fechado por US$ 3 milhões. Aurélio ficaria com os atletas, o direito de utilizar o Ecoestádio por 3 anos e o CNPJ do clube-empresa – o que lhe daria direito à vaga do Jotinha na Série Ouro e na Copa do Brasil de 2009. Na versão de Almeida, o nome fantasia, em princípio, seria trocado para Chivas do Brasil. Em tempo: Joel Malucelli, presidente-dono do time com sede no Parque Barigüi, desmente a história.

Roteiro

Aurélio Almeida informou a imprensa da nova empreitada através de um amigo. Este abria a conversa com a seguinte frase: "O Conde de Monte Cristo voltou". Era uma referência ao clássico de Alexandre Dumas, de 1844. O livro conta a história de um marinheiro que foi preso injustamente. Ele é libertado e herda uma misteriosa fortuna. Assim, pode se vingar daqueles que o levaram à vida de prisioneiro.

Única saída

O ex-dirigente Durval Lara Ribeiro, o Vavá, tem uma idéia fixa na cabeça para ajudar o Paraná em 2009. Mesmo sem a simpatia de parte da torcida tricolor, ele não vacila em dizer qual a fórmula certeira do acesso: o calote. "É preciso ter a mesma cabeça de 2000 (Módulo Amarelo da Copa João Havelange). Deixamos as contas de lado, mas subimos", garante. "Ano que vem tem que mudar tudo. Deixar de pagar conta e montar time."

Sem fundo

Vavá credita o fracasso deste ano à política financeira do clube, que teria desvirtuado a verba arrecadada no fundo de investimento para saldar dívidas. "Se tivesse investido esse dinheiro em jogador, o time teria subido. Mas só usou para Hadson, Ilan, essas coisas...", afirma. "Dizem que o clube está em dia. Mentira. Devem para o pessoal do fundo", contesta.

Pelo ralo

Segundo números oficiais do clube, Ilan abocanhou na Justiça a quantia de R$ 854 mil. Além disso, o PSTC pegou R$ 550 mil pelo não-pagamento de parte dos direitos econômicos. Hadson fez um acordo para receber R$ 1 milhão parcelado em 80 vezes (R$ 12,5 mil mensais), além da quitação à vista dos honorários advocatícios, na casa dos R$ 800 mil.

Olho e grana

Vavá, que não goza da simpatia de parte da torcida, parece disposto a correr o risco de complicar as finanças paranistas. "Quero provar minha capacidade para as pessoas. Não trouxe (bons jogadores este ano) porque não tinha dinheiro", avisa. "Trouxe dois jogadores em Curitiba no início do ano, mas não ficaram por falta de grana: Danilo Silva (Traffic comprou e pôs no Inter) e Pará (Traffic comprou e foi para o Santos). Se tivesse dinheiro, vinham para cá."

Para os meus filhos

Convidada da festa de lançamento do centenário do Coritiba, a ex--jogadora de basquete Hortência barganhou ao receber uma camisa do clube: "Vou levar para os meus filhos, mas preciso de duas." O prefeito Beto Richa tentou a mesma estratégia, mas não adiantou. Acabou atendendo aos pedidos do público e vestindo a camisa alviverde.

esportes@gazetadopovo.com.br

Rodrigo Fernandes

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