Devido a punição anunciada na última quarta-feira, ontem foi a vez de pôr para funcionar a "geladeira" de maus torcedores no Paraná. Nove atleticanos detidos antes do Atletiba (1º/2), numa confusão no terminal de ônibus de Pinhais tiveram de trocar as arquibancadas da Baixada por uma sala na 6ª Companhia da Polícia Militar, em Pinhais. Os outros 16 envolvidos no tumulto ainda aguardam audiência, marcada para o dia 3.
"Dói mais ficar aqui do que apanhar da polícia", disse um dos punidos. Eles permitiram que a reportagem da Gazeta do Povo acompanhasse o castigo desde que não tivessem seus nomes revelados. "Essa hora está todo mundo vendo o jogo às pampa e nós trancados", completou.
A decisão inédita no estado foi tomada pelo Juizado Especial Criminal de Pinhais. O órgão utilizou o artigo 39 do Estatuto do Torcedor. A validade é até o término do Paranaense.
Sempre que o Furacão atuar em Curitiba, pelo Estadual, eles terão de comparecer ao batalhão e lá permanecer enquanto a bola rolar. Falta não justificada há a possibilidade de "escapar" caso comprovada a necessidade de estudar ou trabalhar e o processo na Justiça é retomado.
"Não adianta nada. Nós estamos aqui, e aí? Muda alguma coisa?", comentou um deles. "Acho perfeito, vai servir para uns loucos pensarem, pois ninguém quer ficar de fora do estádio", discordou outro. Todos os detidos pertencem à torcida organizada Os Fanáticos, zona leste.
Mas a polêmica não ficou somente na real efetividade do castigo. Eles alegaram ter entrado de "laranjas" na história, apesar de admitirem não serem "santos".
"A gente estava indo para o terminal (de Pinhais) e fomos recebidos com pedras, garrafas, etc. Como estávamos perto do batalhão, levamos a pior. A prova que teve algo errado é o fato de nenhum coxa ter sido preso".
Unanimidade mesmo só na amolação por ficar mais de duas horas em volta de uma mesa aliviada pela vitória do Rubro-Negro, que eles puderam ouvir no rádio do celular de um deles e comemorar, discretamente. "É muito chato e ainda vamos ter de aguentar tiração de sarro".
Para a situação ficar mais amena nas próximas "trancas", eles pensam em conseguir uma televisão e levar comida para passar o tempo. "E podia rolar um fumódromo, também...", sugere um torcedor mais ousado.
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