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Se o evento é para discutir a Copa do Mundo de 2014, o principal assunto é o projeto de São Paulo e do estádio do Morumbi. Isso já tem se tornado praxe. E se repetiu mais uma vez nesta quinta-feira, durante encontro de autoridades e empresários na sede da Fecomércio, na região central da cidade. Representantes do clube tricolor e do governo estadual, João Paulo de Jesus Lopes jogou a pressão, porém, para as outras 11 sedes.

"O Morumbi é o único que tem algo concreto. Os outros estão todos no papel. Portanto, quem tem de se preocupar agora são aqueles que têm o estádio no chão ainda", cutucou o diretor de futebol do São Paulo e secretário adjunto de transportes metropolitanos, João Paulo de Jesus Lopes.

O dirigente foi até o evento, porém, para falar especificamente dos projetos de transportes metropolitanos, como metrô, trens da CPTM e outras linhas que pretendem ligar estações de metrô aos aeroportos. Jesus Lopes se apoiou justamente nos aeroportos para voltar a colocar o plano de São Paulo em relação às outras sedes.

"Se em São Paulo, a principal porta de entrada do país, os aeroportos não são os ideais para a Copa do Mundo, imagine nos outros lugares", falou o diretor tricolor.

Por fim, João Paulo de Jesus Lopes, assim como todos os envolvidos no projeto da capital paulista para o Mundial, mostrou otimismo em seu discurso.

"Nós acreditamos que o bom senso vá prevalecer. Fazer a abertura da Copa do Mundo em São Paulo está dentro de um raciocínio lógico", finalizou o dirigente.

Além de São Paulo, as outras sedes da Copa do Mundo de 2014 serão: Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Cuiabá e Manaus.

Candidatas à abertura da Copa do Mundo de 2014 têm o mesmo projetista

Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. As três cidades pleiteiam o direito de receber a abertura da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Todas elas, aliás, escolheram a mesma empresa de arquitetura para cuidar dos projetos: a alemã GMP. Na última quarta-feira, Ralf Amann esteve na capital paulista para falar sobre o estádio do Morumbi, mas ficou em cima do muro ao ser questionado sobre qual das arenas é a mais adequada.

"Nós somos projetistas, não políticos. Não vamos falar qual projeto é o mais adequado para a abertura da Copa do Mundo. Isso não cabe a nós", declarou Amann.

No caso do Morumbi, o arquiteto não vê tantos problemas que impeçam o local de ser o palco do jogo inaugural da Copa do Mundo. Ele usa, aliás, o estádio de Berlim, que sediou a decisão da edição de 2006, na Alemanha, como exemplo.

"O estádio de Berlim, que também fizemos o projeto, é muito parecido com o Morumbi. Também era uma arena que precisava de modernização. E nós conseguimos atender a todas as exigências", comentou o representante da GMP.

A empresa alemã tem bastante conhecimento de Copa do Mundo. Além de ter feito estádios na Alemanha, em 2006, participa também de projetos para a próxima edição, em 2010, na África do Sul: na Cidade do Cabo, em Port Elizabeth e Durban. E até por essa experiência é que Ralf tranquiliza os organizadores paulistanos.

"Copa do Mundo não é um processo estático, é dinâmico. É um processo de várias idas e voltas, que o ponto final é em junho de 2014. Várias exigências vão surgir no meio do caminho, porque muita coisa muda durante esse período", falou Ralf.

A escolha do palco da abertura da Copa do Mundo deve acontecer em 2011. Até lá, as três candidatas vão ter de atender todas as exigências da Fifa. O prazo para iniciar as obras das arenas vence no próximo dia 1º de março.

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