Enquanto o Barcelona vencia o Valladolid por 3 a 1, no seu último jogo no ano, sábado (22), o técnico Tito Vilanova recebia alta no Hospital Vall dHebron, após ser submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor na glândula parótida. Emocionado, o lateral Daniel Alves, que jogou como titular e teve ótima atuação, dedicou a vitória ao comandante, que vai continuar o tratamento com quimioterapia e radioterapia por seis semanas.
Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira, o jogador comentou o impacto do tratamento do treinador sobre os jogadores e o excelente momento do time, que venceu 16 das 17 partidas do Campeonato Espanhol - lidera com nove pontos de vantagem sobre o segundo colocado Atlético de Madrid. Também falou sobre a mudança da comissão técnica da seleção brasileira.
Ao lamentar o problema envolvendo Vilanova, Daniel Alves destacou que o restabelecimento da saúde do comandante é a principal prioridade no momento. "Foi uma surpresa e motivo de felicidade saber que ele já estava em casa [após a cirurgia]. Nós estamos aqui para ajudá-lo, de qualquer maneira que ele precisar. Por isso a vitória foi dedicada a ele. O futebol é secundário agora. Ele está lutando pela vida", ressaltou o jogador.
Em seguida, o brasileiro lembrou que o Barcelona não pode se acomodar com a larga diferença na liderança do Espanhol. "Construímos uma vantagem considerável porque aproveitamos bem o momento dos rivais, que perderam alguns pontos. É uma vantagem que deve ser administrada, mas ainda temos muitos jogos pela frente. Estamos apenas na 17.ª rodada. Temos de trabalhar para ampliar essa vantagem", alertou.
Daniel Alves minimizou o fato de ter ficado fora de partidas anteriores do Barcelona - voltou a ser titular contra o Valladolid. "Temos um grupo muito qualificado e não existem titulares definidos. Existem aqueles jogadores que atuam mais ou outros que jogam menos. Todos têm seu espaço, buscam os mesmos objetivos e, por isso, o time vem conseguindo bons resultados. Não tenho problemas para competir ou disputar posição", assegurou.
Ao falar de seleção brasileira, o lateral afirmou que é importante encarar a troca de Mano Menezes por Luiz Felipe Scolari no comando da equipe de "uma maneira positiva". "É preciso agradecer o que o Mano fez pela seleção, mas agora é o momento de dar continuidade. É um novo desafio. A gente sempre esteve na seleção para ajudar quem estava no comando. Vamos continuar fazendo o nosso trabalho. Temos muitas competições importantes em 2013, como a Copa das Confederações, e esse momento é união de esforços", destacou - o Brasil fará vários amistosos, mas a Copa das Confederações, em junho, será sua única competição na temporada.
O jogador negou estar ansioso para esta nova fase da seleção, na qual passará a ser comandado por Felipão, campeão do mundo com o Brasil na Copa de 2002. "Não estou ansioso, mas esse é um momento especial para a seleção. Todos nós - jogadores e torcedores - somos apaixonados pela seleção brasileira. A Copa das Confederações e a Copa do Mundo serão momentos importantes para todos mostrarem essa paixão", encerrou.
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