Recife - Dominado amplamente no primeiro tempo, a ponto de o 2 a 0 no placar parecer pouco, o Uruguai apelou à honra para evitar uma goleada diante da Espanha, na estreia nas duas seleções na Copa das Confederações. Este foi o tom do discurso do técnico Óscar Tabárez no intervalo da partida e a reação da equipe o deixou satisfeito. O rendimento melhorou no segundo tempo o suficiente para evitar "uma catástrofe" e diminuir o placar para 2 a 1.
"A Espanha foi muito superior durante toda a partida e justificou a vitória. Impôs seu jogo principalmente no primeiro tempo e não tivemos organização nem a recuperação de bola necessária. Tentamos imprimir mais lógica no segundo tempo apelando para a vergonha e a honra. Apesar de nosso oponente continuar superior, a partida foi mais lógica, embora devamos levar em consideração a queda de ritmo da Espanha. A imagem profissional foi recuperada por nós com um jogo digno, apesar de abaixo da nossa média", afirmou o técnico uruguaio.
O capitão da Celeste, Diego Lugano, reforçou o discurso do treinador. Definiu o apelo à honra como fundamental para a reação da equipe, reforçada pela troca de jogadores de marcação (Diego Pérez e Gastón Ramírez) por peças mais ofensivas (Diego Forlán e Nicolás Lodeiro). Apesar disso, o zagueiro não vê o Uruguai em condições de brigar em pé de igualmente com a Espanha como faz na América do Sul com Brasil e Argentina.
"Hoje, a Espanha é muito superior a Brasil e Argentina. Tem um conceito tático de manter a posse de bola que nunca se viu no futebol. Eles trocam passes, você se cansa muito correndo sem conseguir recuperar a bola e acaba asfixiado", comentou o defensor.
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