Para tirar a pressão, Atlético fala em ar seco e até em altitude

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Apesar de o Atlético estar no limiar da zona de rebaixamento e colecionar dez derrotas seguidas fora de casa, o técnico Mário Sérgio não considera decisiva a partida de hoje contra o Goiás, às 19h30, em Goiânia. O discurso, claramente planejado para tentar tirar a pressão do time, se vale de argumentos aceitáveis (o ar seco do Planalto Central), duvidosos (o pouco peso que o resultado desta noite terá na caminhada rubro-negra) e absurdos (a altitude da capital goiana).

"Esse jogo não é decisivo. Ainda temos 15 rodadas para definir a nossa situação", declarou o treinador, mesmo sabendo que, de acordo com os outros resultados, o Rubro-Negro pode tanto se afastar três pontos do grupo dos quatro últimos colocados como até terminar a rodada na lanterna.

Ele não quer que o time tente ganhar a qualquer custo. "Vencer a gente tem que vencer. Mas dentro de um planejamento tático. Não podemos nos atirar em cima do Goiás como fizemos no segundo tempo contra o Palmeiras. Contra qualquer adversário qualificado, você acaba tomando contra-ataques."

Na tentativa de listar dificuldades, o treinador recorreu até à altitude da capital goiana. "O clima é quente, a cidade é mais alta que Curitiba, não é uma altitude significativa, mas existe. Então, temos sempre de manter a posse de bola", afirmou.

Detalhe: a altitude média de Goiânia é de 749 m; em Curitiba, 934 m.

Um perigo real é o ar seco. Para hoje à tarde, a previsão é de 18% de umidade relativa do ar, a mesma do treino de ontem. No horário do jogo, não deve chegar a 30%.

"Você precisa ter uma boa hidratação, caso contrário, perde força e potência", disse o preparador físico Moracy Sant’Anna, que pretende que os jogadores se hidratem três vezes ao longo da partida.

Os jogadores entenderam o recado, mas no fundo sabem que o resultado será fundamental.

"O que o Mário disse foi para a gente não entrar em desespero. Faltam 15 jogos, mas não entramos na zona de rebaixamento ainda por culpa dos adversários. Passou da hora de vencermos", admitiu o zagueiro Danilo.

O alento para o torcedor, pessimista a cada viagem do Furacão, é que no ano passado a equipe quebrou uma seqüência negativa fora de casa justamente contra o Goiás. Na ocasião, a vitória por 3 a 2 acabou com um jejum de nove partidas como visitante – sete derrotas e dois empates.

Por mais que Mário Sérgio pense diferente, repetir o feito seria decisivo para uma arrancada para longe da zona de rebaixamento.

Na TV

Goiás x Atlético, às 19h30, no Premiere FC.

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Em Goiânia

Goiás

Harley; Ernando, Henrique, João Paulo (Paulo Henrique) e Thiago Feltri; Vítor, Fahel, Ramalho e Romerito; Felipe e Iarley. Técnico: Hélio dos Anjos.

Atlético

Galatto; Alex Fraga, Antônio Carlos e Danilo; Rodriguinho, Alan Bahia, Chico, Julio dos Santos e Márcio Azevedo; Ferreira e Pedro Oldoni. Técnico: Mário Sérgio.

Estádio: Serra Dourada. Horário: 19h30. Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (PE). Auxs.: Erich Bandeira (Fifa-PE) e Jorge Antonio Pinheiro Lobato (AP).