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Negueba foi personagem da coluna de Tostão | Aniele Nascimento / Gazeta do Povo
Negueba foi personagem da coluna de Tostão| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

Muita transpiração, pouca inspiração. Novo reforço doCoritiba, o atacanteNeguebavirou personagem do colunista Tostão em seu texto publicado nesta quarta-feira (14) pela Folha de S. Paulo e reproduzido por jornais do Brasil inteiro, inclusive aGazeta do Povo. Para o tricampeão mundial, o agora coxa-branca sintetiza o perfil limitado dos atuais atletas brasileiros.

Na semana da eleição do melhor do mundo, Negueba é, para Tostão, praticamente a antítese do eleito Cristiano Ronaldo e do indicado Messi.

"Tempos atrás, escrevi que o Brasil era o país dos Neguebas. Com qualidades diferentes, é também o país dos Dudus, dos Oswaldos, dos Luans e de dezenas de outros com as mesmas características. Todos correm muito, são úteis, mas possuem pouca técnica e pouca lucidez. Enquanto isso, há mais de 20 anos, o Brasil não produziu um único craque meio-campista, mistura de volante e de meia", escreveu Tostão.

Voluntarioso, Negueba vestiu a camisa de dois gigantes do futebol Brasileiro. Pelo Flamengo, foram 90 jogos, mas apenas seis gols marcados. No São Paulo, não balançou as redes no cinco jogos pelo clube paulista.

A primeira referência de Tostão ao atacante foi em 2012, quando o jogador tinha Ronaldinho como companheiro na Gávea.

"Negueba é um bom exemplo de jogador que se destaca demais nas categorias de base, por causa da velocidade, e que, no time principal, torna-se comum, mediano", definiu.

"Esse tipo de jogador, veloz, é produzido em série, para exportação ou para ser titular de um dos grandes clubes brasileiros. Todos correm muito. Com frequência, há mais de um Negueba em uma mesma equipe. Cada um corre por um lado. Raramente, se aproximam para trocar passes", acrescentou.

E é essa correria que o técnico Marquinhos Santos espera do seu novo reforço. Sem grandes pretensões. "É jogador de velocidade, arisco, que conheço da seleção na base. É um jogador interessante", definiu o treinador, que se ressente da carência de atletas mais qualificados no mercado nacional. "O futebol brasileiro está mudando o próprio estilo de jogo pela dificuldade de se encontrar jogadores com determinadas características técnicas", afirmou.

"O Brasil, que foi o país do futebol, agora, é o da enganação. Fingem que está tudo bem. Por incompetência, desconhecimento, autoenganos e interesses comerciais, muitas vezes, escusos, promovem profissionais, contratam, vendem e pagam absurdos salários. Tudo irreal, uma mentira. O torcedor, consumidor, é enganado", decretou Tostão nesta quarta-feira.

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