Sem nenhum título da Copa do Mundo como jogador, Zico agora sonha conquistar o troféu como técnico do Japão. Porém, o treinador reconhece que será difícil atingir este objetivo na Alemanha e que espera deixar os japoneses entre os quatro melhores colocados.
- Temos que encarar o Mundial com essa mentalidade. Sei que minha equipe pode ganhar os três jogos, como pode perder os três. No futebol não há muitas diferenças, são os detalhes que ganham uma partida - diz o Galinho à Efe.
O Japão pega o Brasil na última rodada da primeira fase, dia 22 de junho, na cidade de Dortmund. Antes, a equipe enfrenta Austrália (12 de junho) e Croácia (18 de junho).
Para Zico, a chave para o maior sucesso na Copa é justamente passar da primeira fase. Depois, considera, o Mundial fica mais equilibrado, pois cada jogo decide quem continua na disputa. O Galinho acha que os japoneses, assim como os croatas e os australianos, têm 33% de chances de passar para as oitavas-de-final. O Brasil, segundo ele, é o favorito a ficar com o título, pois conta com "cinco ou seis jogadores decisivos".
Zico considera cumprida sua missão no Japão. Ele chegou depois da Copa do Mundo de 2002 para substituir o francês Philippe Troussier com o objetivo de classificar a equipe para a Alemanha. Não apenas conseguiu, como, de quebra, foi campeão da Ásia.
- O Japão precisa agora de fazer coisas boas fora do continente asiático, porque na Ásia já ganhou tudo. No exterior, a equipe sofre bastante com a falta de tradição de seu futebol - analisa.
Uma vez encerrada sua missão, Zico já antecipou que quer trocar o país, na próxima temporada, pelo futebol europeu. O maior ídolo do Flamengo voltou a descartar a possibilidade de treinar algum time no Brasil.
- Eu gostaria ter uma oportunidade na Europa. Ainda não tenho equipe nem falei com ninguém. Seja como for, agora eu só penso na Copa.
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