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A semana de folga no campeonato que abre o desgastante e criticado calendário do futebol brasileiro deveria servir como período de avaliação dos primeiros jogos e do rendimento dos atletas. Mas, no futebol paranaense, um dos poucos que não teve rodada no carnaval, as coisas não funcionam bem assim. Os destaques do interior nas primeiras apresentações foram o Londrina, que se mostra em condições técnicas e com o moral elevado para tentar o bi, e o Operário Ferroviário, que se encorpou mais e demonstra capacidade de crescer durante o Estadual.

O resultado obtido até agora é fruto do planejamento realizado, sendo que o Tubarão apenas deu prosseguimento ao que vinha sendo executado com saldo positivo. Já o Fantasma passou por completa reformulação no conceito e na estrutura do clube. Com dirigentes mais experientes e contando com o apoio de um grupo de empresários de Ponta Grossa, a equipe foi reformulada e os planos objetivam a classificação para a Copa do Brasil e a Série D nacional.

Na capital, apenas o Coritiba está sabendo tirar proveito do frágil campeonato em andamento, no qual surge, antecipadamente, como favorito ao título, no mesmo patamar do Londrina. Tanto a nova diretoria como Marquinhos Santos sabem que o título é importante para o torcedor, que gosta de ser campeão independentemente da categoria do torneio, ao mesmo tempo em que a conquista oferecerá tranquilidade para a sequência do trabalho. Além, é claro, das avaliações que estão sendo processadas no elenco recomposto e com diversos jogadores em fase de observação. Mas Atlético e Paraná apenas deixam o tempo passar, praticamente cumprindo tabela no Estadual por serem obrigados a disputá-lo. Por circunstâncias diferentes, é bom deixar isso bem claro.

O Paraná começou muito mal porque simplesmente insiste em manter as aparências quando todos estão carecas de saber que o clube necessita de um tempo para sofrer delicada intervenção para completa reforma conceitual, administrativa, econômica e de prioridades. Quanto mais insistir sair da crise utilizando-se dos mesmos métodos que se mostraram inócuos, mais tempo vai demorar para encontrar uma solução definitiva para os males que o afligem.

O Atlético, como ficou claro nas recentes declarações do seu presidente, não luta pelo título estadual por capricho pessoal, mesmo com a torcida desejando que a equipe principal fosse colocada em campo. Contrariado pelo prejuízo sofrido na primeira partida final na decisão do campeonato de 2012 – pênalti não marcado a seu favor quando o Atlético vencia o Coritiba por 2 a 1 na Vila Capanema, sofrendo o gol de empate em seguida e perdendo o título nas penalidades na segunda partida no Alto da Glória. Por isso, o Furacão continua boicotando o Estadual. Curiosamente, o árbitro que deixou de assinalar a penalidade, Evandro Rogério Roman – agora deputado federal –, é candidato a vice-presidente da Federação na chapa da situação.

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