La Plata - O Paraguai alcançou uma façanha ao vencer o Brasil nos pênaltis, ontem à tarde, no Estádio Ciudad de La Plata. Conseguiu chegar às semifinais da Copa América sem ter vencido um jogo sequer no tempo normal. Nas quatro vezes que entraram em campo em solo argentino, os guaranis empataram todas as vezes.
Na estreia, eles ficaram no 0 a 0 diante do Equador, uma das piores equipes da competição. Depois, empataram com o Brasil estavam vencendo até os 44 minutos do segundo tempo, quando Fred marcou estabelecendo a igualdade em 2 a 2.
E, no último confronto da primeira fase, pelo Grupo B, ante a Venezuela, os paraguaios protagonizaram um vacilo histórico. Venciam por 3 a 1 até os 43 minutos da etapa final. Ao término da partida, um incrível 3 a 3.
Ontem, o placar zerado teve como responsável, em boa parte, o experiente Justo Villar, de 34 anos. O goleiro do espanhol Real Valladolid fez diversas intervenções importantes ao longo dos mais de 120 minutos de bola rolando. Herói da equipe e dos torcedores, ele acabou eleito como o melhor jogador da partida pela organização do torneio.
Duas das defesas foram verdadeiros milagres, ao barrar gols quase certos de Lúcio e Alexandre Pato. Não por acaso, as ações de Villar fizeram a torcida paraguaia que dividia o estádio com a brasileira pela metade vibrar como se fossem tentos.
Na decisão por pênaltis, no confronto com Júlio César, considerado um dos melhores arqueiros do mundo, o camisa 1 mostrou precisão ao espalmar o chute ruim de Thiago Silva. Depois, contou com a sorte nas cobranças equivocadas de Elano, André Santos e Fred, todas para longe da meta.
"Nós jogamos uma partida diferente do que queríamos. Tivemos que fazer modificações por contusões, foi muito sacrifício, coração e boa porcentagem do arqueiro. O Brasil jogou muito bem, criou diversas chances, perdeu gols, não foi nada fácil", declarou o técnico paraguaio Gerardo Martino.
O Paraguai foi campeão somente uma vez da Copa América, em 1979, batendo a Colômbia na final. Mais recentemente, entrou para o rol dos principais times sul-americanos, participando das últimas quatro Copas do Mundo. A Albiroja roubou o espaço do tradicional e decadente Uruguai, agora plenamente recuperado, seu principal rival na disputa da taça na Argentina.
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