Fim de Copa América para a seleção brasileira. Sem conseguir marcar nem um gol sequer nas quartas de final contra o Paraguai – nem mesmo em quatro cobranças de pênalti – a equipe de Mano Menezes naufragou no primeiro grande teste que enfrentou. No tempo normal e na prorrogação, o Brasil foi até melhor, dominou o confronto e não viu o rival atacar, mas Pato, Neymar e Robinho fracassaram nas chances que tiveram.

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Agora, o Paraguai enfrenta na semifinal a Venezuela, que derrotou o Chile neste domingo (17). A outra vaga na decisão da competição sairá do duelo entre Uruguai e Peru que se classificaram no sábado ao bater Argentina e Colômbia, respectivamente.

Na saída do gramado, após a eliminação, os brasileiros reclamaram do estado ruim do gramado. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred erraram as cobranças de pênaltis decisivas – Robinho nem precisou bater. Melhor para o Paraguai, que cobrou três penalidades, errou uma e ainda assim fez a festa em La Plata.

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O jogo

Mano Menezes pôde escalar força máxima para a partida das quartas de final. Já o Paraguai entrou em campo desfalcado de Roque Santa Cruz, que se machucou na última rodada da primeira fase. Valdez o substituiu. Os paraguaios, porém, tinham o apoio da torcida, que, somada aos argentinos anti-Brasil, era maioria em La Plata.

Em uma troca de passes nasceu a primeira boa chance do Brasil no jogo. Robinho, jogando centralizado, deu bom passe para Alexandre Pato na esquerda. O atacante procurou Ganso, mas foi travado por Da Silva. A bola sobrou com Neymar, que bateu de primeira da entrada da área. Escorregando na areia, mandou para longe.

A chance mais clara de gol no primeiro tempo, porém, nasceu da bola parada. André Santos cobrou falta da esquerda e Lúcio apareceu livre na frente do gol. Desviou de carrinho e Villar pegou a queima-roupa, na base do reflexo.

Se a etapa inicial foi sonolenta, no segundo tempo a atuação brasileira empolgou. Logo com 3 minutos, Pato deu a bola para Neymar na área, pela esquerda. O santista cortou a marcação e bateu tirando de Villar. Alcaraz, atrás do goleiro, impediu o gol.

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A seleção brasileira vivia um bom momento no jogo e, aos 27, criou mais uma boa oportunidade. Neymar bateu falta da direita, a bola passou por muita gente e chegou no peito de Pato. O atacante dominou e bateu, já na pequena área. Villar pegou com o pé, no susto.

Em busca do gol da vitória, Mano Menezes mexeu no ataque brasileiro. Tirou Neymar e colocou Fred. Com pouco tempo em campo, o jogador do Flu quase marcou, de cabeça, após escanteio batido da esquerda. Barreto tirou em cima da linha. Final do tempo regulamentar e o empate levou o jogo para a prorrogação.

Nos 30 minutos extras, o Brasil caiu muito de rendimento. Só Robinho ainda rendia, enquanto Fred, mais descansado, esperava uma bola na área. Aos 11 minutos, após uma disputa de bola mais dura, os jogadores de Brasil e Paraguai deram início a um empurra-empurra. Lucas Leiva e Alcaraz, que foram os que chegaram mais violentamente na confusão, foram expulsos.

Com as entradas de Elano e Lucas, o Brasil melhorou em relação à primeira etapa. Apesar do maior interesse em definir o jogo antes dos pênaltis, não conseguiu criar nenhuma chance real de gol. O Paraguai, por sua vez, levou perigo em um chute sem pulo de Valdez.

Pênaltis

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Elano foi o primeiro a bater. Displicente, chutou muito por cima do travessão. Barreto também não foi bem, chutando à direita. Julio Cesar estava na bola. Thiago Silva bateu mal e Villar pegou na esquerda. Estigarribia encheu o pé no meio do gol e abriu o placar na quarta batida. André Santos também tentou o meio, mas repetiu Elano e mandou na arquibancada. Riveros bateu com tranquilidade e fez 2 a 0. Fred mandou para fora, pela direita, e selou a humilhante eliminação brasileira no pênalti.

FICHA TÉCNICA:

Brasil 0 (0) x 0 (2) Paraguai

Brasil - Julio Cesar; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires, Paulo Henrique Ganso e Robinho; Neymar (Fred) e Alexandre Pato (Elano). Técnico - Mano Menezes.

Paraguai - Villar; Darío Verón, Alcaraz, Paulo da Silva; Aureliano Torres (Marecos); Enrique Vera (Barreto), Riveros, Estigarribia e Cáceres; Lucas Barrios (Pérez) e Haedo Valdez. Técnico - Gerardo Martino.

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Árbitro - Sergio Pezzotta (Argentina).

Cartões amarelos - Vera, Berreto, Estigarribia, Marecos, André Santos e Maicon.

Cartões vermelhor - Alcaraz e Lucas Leiva.

Renda e público - Não disponíveis.

Local - Estádio Ciudad de La Plata, em La Plata (Argentina).

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Veja como foi a transmissão interativa da partida.