Venezuelanos reclamam gol anulado no primeiro tempo do jogo| Foto: Ivan Alvarado / Reuters

O paraguaio Justo Villar tem tudo para ser eleito o melhor goleiro da Copa América. Mas há outro título que ninguém tirará dele, talvez ainda mais importante: o de jogador mais sortudo da competição. Contra o Brasil, nas quartas de final, em La Plata, além das ótimas defesas, havia tomado uma bola na trave e sido salvo pela zaga duas vezes em cima da linha. Na noite desta quarta-feira (20), diante da Venezuela, em Mendoza, foram mais três finalizações na trave guarani.

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Com seu gol encantado, bastou ao Paraguai empatar pela quinta vez no torneio – ou seja, todos os jogos disputados na Argentina – para levar mais uma decisão aos pênaltis e conseguir a vaga na decisão de domingo contra o Uruguai, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Desta vez os paraguaios até tentaram atacar o adversário, algo que não havia ocorrido em nenhum momento contra a seleção brasileira. Mas, após começar melhor, aos poucos foram vendo a Venezuela tomar o domínio do jogo. Em toda a partida, mais uma vez os guaranis não criaram chances de gol. Nem precisaram. Afinal, a sorte de Villar resolveria mais uma vez.

O primeiro gol sofrido por ele em dois jogos com prorrogação e disputa por pênaltis foi apenas na primeira penalidade batida pela Vinotinto, através de Maldonado. Mas, mesmo que os venezuelanos não tenham feito o favor de errar todas as cobranças, como os brasileiros – Rey e Fedor também converteram –, bastou Villar pegar o chute de Lucena. Seus companheiros acertaram todos os pênaltis e a equipe venceu por 5 a 3 quando Verón mandou a última bola na rede.

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Após eliminar o Brasil, o discurso foi de que o time não jogou bem e teria de melhorar muito na próxima partida. Agora classificados para a decisão, os paraguaios deixaram a expectativa de melhorar de lado. A intenção passa a ser jogar como puder diante do time quarto colocado na última Copa do Mundo. Depois de dar certo duas vezes, nem será surpresa se jogarem para levar a decisão aos pênaltis. Pela primeira vez uma seleção seria campeã da Copa América empatando seis vezes.