Vídeo| Foto: Reprodução/TV Globo

A liderança do Brasileiro escapou das mãos do Paraná por dez minutos. Seis dias após ser arrancado da primeira colocação pela confusa arbitragem de Leonardo Gaciba, protagonista na derrota para o São Paulo, o Tricolor tinha tudo para confirmar a fama de visitante indesejado, mas sucumbiu diante de uma série de erros defensivos e só empatou com o Náutico por 4 a 4, ontem, no Recife, após estar ganhando por 3 a 0. O terceiro lugar com 10 pontos, um a menos que o líder Vasco, soa como prêmio de consolação.

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"Está louco. Temos de rever a nossa atuação com muito cuidado. Conseguimos fazer quatro gols fora de casa, o que é muito difícil. Com o jogo praticamente liquidado, deixamos a outra equipe encostar. E ainda bem que acabou o jogo, senão eles poderiam virar. Perdemos a liderança por besteira", decretou Josiel, que com os dois gols no Aflitos chegou a sete na tábua de artilheiros, se isolando ainda mais como principal matador do Nacional.

A primeira impressão é que o duelo em Pernambuco, o terceiro na história dos clubes (os outros dois também terminaram empatados) seria fácil para os paranistas. Mas por culpa de uma certa acomodação do próprio Tricolor, que com apenas 16 minutos já vencia o rival por 3 a 0, resultado que fez com que os mais otimistas consultassem os almanaques para saber qual tinha sido a maior goleada do time da Vila na história do Brasileiro – 6 a 1 sobre a Desportiva (93) e o Fluminense (2005), tudo ficou no quase.

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Seguindo à risca os ensinamentos de Pintado, a equipe marcou forte e abusou da velocidade para contra-atacar. Foi assim que Josiel e Vandinho se revezaram nas funções de garçom e finalizador para ampliar o placar, logo após o golaço de Neguette, que de pé direito acertou o ângulo de Fabiano. Primeiro foi Josiel quem deixou Vandinho na cara; depois foi a vez de o meia-atacante retribuir a gentileza.

"Ganhei um gol do gaúcho e depois só retribui", resumiu Vandinho, se referindo a um dos tantos apelidos do matador. "O desespero agora é deles", comentou o técnico Pintado.

Mas quem se desesperou mesmo foi o Paraná. Soberbo com a vantagem, o time afrouxou a marcação, dando espaço suficiente para o limitado Timbu igualar o marcador numa noite inspirada do uruguaio Acosta, autor de três gols. Marcel fez o outro. A partida só não complicou ainda mais por causa das intervenções do goleiro Marcos Leandro. O substituto de Flávio salvou os diversos erros de posicionamento do trio defensivo, diminuindo o drama. "Faltou experiência, faltou maturidade", decretou Pintado.

No Recife

Náutico 4 x 4 Paraná

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Fabiano; Sidny, Cris, Marquinhos e Deleu (Hamílton); Elicarlos, Vágner Rosa (Daniel Sobralense), Marcel (Marcelinho) e Acosta; Kuki e Felipe.Técnico: PC Gusmão.

Marcos Leandro; Daniel Marques, Neguette e Luís Henrique; Parral, Adriano, Beto, Vandinho (Lima) e Márcio Careca; Vinícius Pacheco (Éverton) e Josiel (João Paulo).Técnico: Pintado.

Estádio: Aflitos.Árbitro: João Alberto Gomes Duarte (RN).Público: 11.226 pagantes.Renda: R$ 118.807,00.Amarelos: Cris e Acosta (N); Daniel Marques, Márcio Careca, Éverton e Vandinho (P).Vermelho: Acosta (N).Gols: Neguette (P), aos 10, Vandinho (P), aos 12, Josiel (P), aos 16 e Marcel (N), aos 28 do 1.º tempo. Acosta (N), aos 2, 36 e 38 e Josiel (P), aos 13 do 2.º tempo.