Jogadores e comissão técnica do Tricolor conversam sobre a semana decisiva do clube, que luta no tapetão contra o rebaixamento no Estadual e em campo contra a queda à Terceirona do Brasileiro| Foto: Elton Damásio/ Gazeta do Povo

Empresário acusa o Paraná de tentar aliciar o volante Sílvio

O empresário, presidente do Iraty e gestor do Londrina, Sérgio Malucelli, acusa o Paraná de tentar aliciar o volante Sílvio. Se­­gundo ele, o empresário Ma­­rcos Amaral, em nome da diretoria tricolor, abordou o jogador, que está vinculado ao Azu­lão e pertence à SM Sports, oferecendo um novo contrato, sem negociar com o dono dos direitos federativos. "Ofere­­ceram luvas e o triplo de salário para ele romper comigo e assinar com o Amaral", acusa.

Atendendo a um pedido de Malucelli, mesmo tendo contrato com o Paraná até dezembro, Sílvio abandonou o Tricolor na quinta-feira passada e retornou ao Londrina, onde jogou no primeiro semestre, para iniciar a pré-temporada pensando no Paranaense de 2012. "Emprestei ele de graça ao Paraná e eu que pagava 100% dos salários. Mandei sair para não ficarem colocando minhoca na cabeça do rapaz", argumenta o empresário.

Ainda de acordo com o presidente da SM Sports, em nenhum momento a diretoria paranista o procurou para negociar a renovação do empréstimo. "Até liguei para o Paulão [Paulo César Silva, vice-presidente de futebol] e ele disse que era para eu resolver com o Aramis [vice-presidente], que foi quem fez o negócio, mas não adiantou", afirma.

Procurados pela reportagem, Marcos Amaral e Paulo César Silva não foram encontrados. (CB)

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A semana que pode terminar com dois rebaixamentos do Pa­­raná – para a Série C do Brasi­­lei­­ro e para a Segunda Divisão estadual –, promete ser uma das mais tensas da história do clube. Em campo, o time depende apenas de si: um empate com o Bragantino, sábado, já é o suficiente. No tapetão, está nas mãos dos nove auditores do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e disputa com o Rio Branco a permanência na elite estadual – ainda por causa da suposta escalação irregular do jogador Adriano pelo clube parnanguara.

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A sessão itinerante do STJD em Curitiba, que começa às 8h30, será especial. Pela primeira vez a máxima instância jurídica do esporte brasileiro terá um pleno fora do eixo Rio-São Paulo. Por coincidência, um dos processos em pauta será justamente o mais importante do ano para o futebol paranaense. A decisão "em casa" mexerá com a plateia.

Cerca de 150 pessoas devem acompanhar o julgamento. A sessão faz parte da XXI Conferência Nacional dos Advogados e, apesar de não ser aberta ao público em geral, conta com a expectativa das torcidas envolvidas.

Para o presidente do STJD, Ru­­bens Approbato, apesar de ser um julgamento atípico e possuir um apelo maior por envolver dois pa­­ranaenses, a pressão externa não deve influenciar na decisão dos auditores. "Não temos receio. Te­­nho certeza de que o público vai se comportar bem, apesar da paixão que o futebol envolve", garante.

A "casa cheia" também não assusta os advogados de Paraná e Rio Branco. Itamar Côrtes, responsável por defender o Tricolor, acredita que a expectativa da plateia e da imprensa deve aumentar apenas a repercussão. "A questão técnica não muda", afirma.

Domingos Moro, representante do clube de Paranaguá, confessa que preferia a sede do STJD, no Rio de Janeiro, mas não acredita que a pressão vá influenciar no resultado. "Se pressão ganhasse jogo, o Cruzeiro teria vencido o Atlético. Não ligo para isso", ironiza Moro, citando o empate de domingo pelo Brasileiro.

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Porém o imbróglio envolvendo o rebaixamento pode novamente não acabar. Moro promete entrar com um pedido de anulação do último julgamento no TJD-PR, alegando que teve o direito de defesa cerceado. Se for acatado pelos auditores, um novo julgamento na instância estadual terá de ser marcado.

Do outro lado, o advogado pa­­ranista diz que o julgamento po­­de nem ocorrer. Segundo Côrtes, o Rio Branco se antecipou e entrou com pedido de recurso antes do prazo, anulando a validade da reunião de hoje.