Quando o lateral-direito Peter chegou à Vila Capanema, em maio, ninguém esperava que durante o Brasileiro ele pudesse ganhar a condição de titular e fosse merecedor de elogios do técnico Caio Júnior. "Pelo que vem apresentando é a maior surpresa dentro do elenco", afirmou o treinador, após o camisa 2 ter feito o segundo gol na vitória por 2 a 0 sobre o Fortaleza, na reinauguração do Durival Britto, quarta-feira.

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O jogador, de 22 anos, foi revelado no Madureira-RJ, vendido ao Cruzeiro no início de 2005, depois emprestado ao Ipatinga e, na seqüência, cedido à Portuguesa.

Só durante as rodadas iniciais do Nacional 2006 chegou a Curitiba em mais uma concessão da Raposa. Após passar um longo período atuando no time B e de algumas passagens pelo banco de reservas na equipe A, ele teve a difícil missão de substituir Angelo. O antigo dono da posição era o artilheiro isolado do time no Nacional (seis gols) quando foi negociado com o futebol do Catar.

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Mas Peter não sentiu a responsabilidade. Nas últimas cinco partidas (entre Brasileiro e Sul-Americana) fez a torcida esquecer rapidamente Angelo, com muita disposição no apoio ao ataque teve o reconhecimento definitivo após balançar a rede na última rodada.

"Ele tem muita personalidade. No começo, talvez, não tive como conhecê-lo direito porque o time B atuava em campos muito ruins. Agora estou tendo uma resposta muito boa", avalia o treinador.

Apesar do espírito carioca, Peter mantém a humildade mesmo estando nas graças do técnico e da torcida.

"Fico muito feliz com esses elogios porque o Caio viu que eu sempre lutei por uma vaga. Botei na minha cabeça que uma hora a oportunidade iria chegar", afirma.

Sem querer ser apontado já como ídolo ou estrela, o lateral avisa que pode fazer muito mais do que a função de só atacar sem se preocupar com a defesa.

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"Todo mundo já viu que meu forte é o ataque. Mas também componho o meio quando é preciso. Não deixo a desejar na marcação", diz.

Após fazer seu primeiro gol, Peter correu para o alambrado e foi punido com cartão amarelo pelo árbitro do jogo. Emoção demais para o momento.

"Se está na regra que tem de dar cartão, tudo bem. Mas acho errado, pois tem tanto jogador que da soco na cara e não leva cartão. Aí, quando você se emociona com um gol que faz, acaba punido", reclama.