A reação paranista foi insuficiente para superar um apagão incrível contra o Inter, ontem, no Beira-Rio. Durante o desastroso primeiro tempo, um inerte Tricolor sofreu três gols e quando decidiu acordar já era tarde. O Paraná até diminuiu o vexame e marcou duas vezes, mas o despertar não impediu a derrota por 3 a 2.
A desatenção no jogo bônus (a partida valia pela 17.ª rodada) quebrou a seqüência de duas vitórias e custou o avanço na tabela. Agora o time segue na quinta colocação, ainda capaz de levar à Libertadores, isso se o Colorado gaúcho (com vaga garantida) permanecer entre os quatro primeiros.
Na próxima rodada, o Tricolor enfrentará a Ponte Preta sem Neguette, Emerson e Beto, trinca punida ontem com o terceiro cartão amarelo. O jogo será na Vila Capanema.
A combinação entre um time abusado e outro apático resultou no óbvio: um primeiro tempo arrasador do Inter sobre o Paraná. Com a meia-cancha paranista desencontrada, uma defesa perdida e um ataque sonolento, o Colorado sentiu em poucos instantes que seria simples garantir uma tarde de espetáculo à sua expressiva torcida, que encheu o Beira-Rio.
O primeiro gol foi uma prova disso. Sem ser importunado, o zagueiro Índio partiu para o ataque, livrou-se de um marcador com um toque de calcanhar e investiu contra a meta de Flávio. O goleiro até defendeu, mas não tinha ninguém para evitar que a bola voltasse aos pés de Índio e acabasse nas redes, aos 9.
Se já estava fácil, virou festa. Sem ninguém para impedir, os jogadores do Inter seguiam vinte, trinta metros sem serem barrados, arriscavam belos passes e em alguns momentos colocavam, literalmente, o Paraná na roda. E não era só arte. Quando precisou, o time gaúcho também fez o serviço sujo de marcar e destruir as raras investidas paranistas. Clemer tocou duas vezes na bola.
Já o camisa 1 paranista viveu o binômio céuinferno da sua posição. Num minuto, salvou o Paraná com uma defesa milagrosa, no instante seguinte saiu de forma horrenda da meta e sofreu um tento que nem o Inter imaginava. Após um escanteio, a bola bateu em Fernando Eller e entrou, aos 21.
O Paraná ainda assimilava o golpe quando levou o terceiro. E novamente com o jogo aéreo colorado característica manjada, estudada e nem por isso evitada. Após lançamento da esquerda, Fabiano Eller desviou a bola de cabeça.
"Começamos muito mal, desatentos e pagamos o preço", lamentou o técnico Caio Júnior. "A equipe sofreu um apagão e precisou levar três gols para acordar", reconheceu Leonardo, aliviado pelo fim da primeira etapa.
A equipe resolveu jogar tarde demais. A apatia se dissolveu, o segundo tempo teve outro domínio, mas o placar era cruel. Cristiano descontou aos 31, Sandro conseguiu ampliar aos 43. Mesmo com a derrota, a reação deu a falsa sensação de que o empate era possível. Restaram as reclamações contra o árbritro Alício Pena Júnior, que deu apenas dois minutos de acréscimos fato que gerou revolta no técnico Caio Jr.
Em Porto Alegre
Internacional 3Clemer (Renan); Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo; Edinho, Wellington Monteiro, Perdigão e Adriano (Caio); Fernandão e Iarley (Renteria).Técnico: Abel Braga.
Paraná 2Flávio; Gustavo,Émerson e Neguette (Pierre); Peter, Beto, Batista, Sandro e Edinho (Joelson); Leonardo (Maicosuel) e Cristiano.Técnico: Caio Júnior.
Estádio: Beira-Rio. Árbitro: Alício Pena Júnior (Fifa-MG). Gols: Índio (I), aos 9, Fabiano Eller (I), aos 21 e (I) 31 do 1.º tempo; Cristiano (P), aos 31, Sandro (P), aos 43 do 2.º tempo. Amarelos: Edinho, Perdigão, Fernandão (I); Neguette, Emerson e Beto (P).Renda: R$ 173.032. Público pagante: 20370 pessoas.Público total: 24.378 pessoas.
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