A diretoria paranista admite que só o retorno à Série A evitará um novo desmanche no elenco. Dos jogadores usados pelo técnico Roberto Fonseca na Segundona, apenas Cambará, Giancarlo, Lisa, Douglas Packer e Luís Carlos não têm o contrato se encerrando no fim do ano.
De acordo com o presidente do Tricolor, Aramis Tissot, há interesse em manter a maior parte do elenco, ligado quase inteiramente às empresas Amaral Sports e L.A. Sports. O problema é que o clube dependeria de parte dos R$ 25 milhões que calcula receber da tevê caso volte à elite. "Poderíamos usar R$ 4,5 milhões para ter parte de passes deles", afirma Tissot. Ele só não sabe dizer o que os jogadores fariam nos primeiros meses de 2012 se o rebaixamento no Estadual for confirmado no tapetão e o clube ficar sem calendário.
Na parceria com a Amaral, o Paraná detém de 20% a 30% dos direitos econômicos de Lisa, Cambará, Giancarlo, Welington, Serginho, Brinner, Ricardinho e Hernane. Até 31 de dezembro, ainda pode exercer uma opção de compra de uma parte maior.
"A Amaral vai fazer o possível para manter esse grupo. Mas, sem condição financeira, não vai segurar", afirma Marcos Amaral, dono da empresa. Ele garante que a parceria se fortaleceu e que não se repetirá o cenário de 2010, quando o lateral-esquerdo Gílson e o volante João Paulo, ambos agenciados por sua empresa, saíram durante a Série B.
No caso da L.A., a situação é mais complicada. O Tricolor não tem participação nos direitos de Zé Carlos, Júnior Urso, Jefferson Maranhão e Rone Dias. O futuro deles depende da empresa de Luiz Alberto Oliveira. "Nós os colocamos de graça no Paraná. Até o final do ano, se forem vendidos [o clube], tem retorno financeiro. No ano que vem, a gente vai discutir", diz o agente.
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