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O Paraná inicia, a partir de hoje, uma contagem regressiva para voltar a jogar na Vila Capanema. A diretoria tricolor lança, às 12h30, na sede social da Avenida Presidente Kennedy, o projeto "Vila, tá na hora!", que consiste na revitalização do velho Durival Britto e Silva.

Se tudo ocorrer de acordo com o cronograma do clube, a partir do dia 27 de janeiro – data em que estádio completará 59 anos – os paranistas se reencontrarão com uma Vila Capanema bastante modificada. Totalmente adequada ao Estatuto do Torcedor, a capacidade passará dos atuais 12 mil lugares para 15.778 pessoas sentadas, já que atrás do gol de fundo será erguida uma nova arquibancada para 3.100 torcedores.

Na reta principal do estádio, ao lado do placar, serão construídos dois lances com 56 camarotes para 10 pessoas. Cada piso contará com lanchonete, fraldário e sanitários para portadores de necessidades especiais. Além disso, a nova Vila terá 15 banheiros, bares, lanchonetes e um estacionamento de 11 mil m2 para 700 carros. As cabines de imprensa passarão por reformas e um novo acesso para os jornalistas será construído. "Se trata do maior projeto junto ao torcedor desde que o Paraná foi fundado, em 1989", explica o vice-presidente de marketing do clube, Waldomiro Gayer Neto.

As obras começarão imediatamente. Mesmo assim, o time continuará utilizando o estádio como local de treinamento até dezembro, quando o gramado será renovado. Com isso, o elenco profissional utilizará o CT do Anhangava, em Quatro Barras (região metropolitana de Curitiba). "O projeto inclui a construção de pelo menos dois campos oficiais no CT. Temos também a opção de treinar na Vila Olímpica", afirmou Neto.

A reforma do estádio custará R$ 1,5 milhão e será bancada exclusivamente pelo Tricolor. Os recursos virão através da venda de camarotes e de promoções junto aos torcedores. De acordo com o dirigente, o clube intensificará a venda de pacotes de ingressos para o Campeonato Paranaense e Brasileiro da próxima temporada, garantindo assim uma lotação mínima no estádio. O Paraná criou também uma grife para a comercialização de produtos oficiais com a marca da campanha.

Dos 56 camarotes, 22 já foram negociados. Os preços variam entre R$ 26 mil e R$ 39 mil. Para impulsionar a arrecadação, serão aceitas doações espontâneas. "Precisamos mais do que nunca da colaboração de todos os paranistas, senão o projeto não passará de mais uma tentativa frustrada", disse o presidente José Carlos de Miranda.

A segunda parte do projeto "Vila, tá na hora!", visando à Copa de 2014, provavelmente no Brasil, consiste na construção de um estádio multifuncional para 36 mil pessoas até 2012. No entanto, para a concretização da obra, avaliada em R$ 35 milhões, o Paraná precisa tomar posse definitiva do terreno onde se encontra o estádio, atualmente em disputa judicial com Rede Ferroviária Federal.

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