Revoltada, parte da torcida paranista deu as costas para o campo após a virada baiana| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Placar reflete erros do Tricolor

Uma derrota para si mesmo. Assim dá para definir o revés do Paraná para o Bahia, por 2 a 1, ontem à noite. Durante todo o primeiro tempo, os baianos mal se aproximavam da meta paranista. Até os 25 minutos, o Tricolor local também não ameaçava. Até que Rafinha, em bonito toque de primeira após cruzamento de Marcelo Toscano, pela direita, abriu o placar: 1 a 0.

A partir daí, e principalmente na etapa inicial, os paranistas criaram diversas chances. Em uma delas, Rafinha chutou para fora com apenas o goleiro à sua frente. Aí tem aquela que diz, "quem não faz"...

Falta pela direita, cruzamento na área e Jael cabeceou completamente livre: 1 a 0, aos 18 minutos do segundo tempo. E já no final, aos 41, com o time todo na frente, veio o golpe fatal. Rubens Cardoso partiu pela esquerda, lançou na área e, novamente, Jael fez de cabeça: 2 a 1. (AP)

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Briga entre torcidas deixa 3 feridos

Os torcedores de Coritiba e Paraná estavam na rua para os jogos de seus times ontem à noite. Alguns atleticanos também resolveram acompanhar os baianos que vieram para a partida do Vitória contra o Coxa. Com membros das três torcidas circulando pela cidade, o encontro foi inevitável. Por volta das 19 horas, a Avenida Sete de Setembro, nas imediações da Praça Eufrásio Correia, se transformou em um campo de guerra.

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Paraná 1 x 2 Bahia - Muito mal fora de casa desde o início da Série B, o Paraná apostava no desempenho na Vila Capanema para voltar à elite – dez vitórias nos dez jogos colocariam a equipe na briga. Plano que não passou da primeira partida: largada do returno, derrota para o Bahia por 2 a 1, ontem à noite.

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Situação que, infelizmente, tem sido comum no Durival Britto nesta competição. Os planos paranistas, até agora, nunca passaram de planos. Se fala em acesso, po­­rém, o time nunca passou da décima colocação.

Da mesma forma acontece quando os jogos são fora de Curi­tiba. O discurso é sempre o mesmo, de recuperação. Mas, na prática, nada disso ocorre. E quando o time vacila em seu único trunfo... Pelo menos, parece ter servido para "cair a ficha".

"Nossa realidade, no momento, é se afastar da zona de rebaixamento. Diante de resultados negativos, não dá para galgar sonhos maiores", declarou o zagueiro Dedimar.

Depois da derrota de ontem, o Tricolor terá de vencer 14 dos 18 compromissos restantes para re­­tornar à Primeira Divisão. Com 24 pontos conquistados até agora, mais 42 farão a equipe alcançar 66, o número mágico do acesso segundo site Infobola. Missão que o técnico Sérgio Soares prefere não encarar.

"Meu discurso é o mesmo desde que eu cheguei. Temos de ir jogo a jogo. E é desta forma que vamos fazer", disse o treinador, ao ser questionado se era o momento de uma revisão de planos.

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Menos complicado é permanecer onde está. Para evitar um novo rebaixamento, são necessários 49 pontos, também pela projeção do site Infola. Fazendo os cálculos, mais oito vitórias e um empate.

"Jogar para não cair nunca é bom. A gente gosta de estar lá em cima, brigar pelo acesso. Infeliz­mente, o G4 ficou muito difícil, mas o grupo tem de erguer a cabeça. É trabalhar e tentar vencer a Ponte Preta no próximo sábado", declarou o meia Rafinha.

Autor do gol paranista, aos 25 minutos do primeiro tempo, ele foi um dos que assumiram a culpa pelo revés. "Deixei de matar o jogo em duas oportunidades de frente para o gol. Acredito que não fiz um bom segundo tempo, e isso prejudicou muito o time do Paraná", disse.

Erros contabilizados na frente e atrás.

Os dois gols dos baianos foram marcados de cabeça por Jael, na etapa final. Aí, foi a vez do zagueiro Gabriel se apresentar como um dos responsáveis.

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"Nosso time vinha bem, entramos bem no início do segundo tempo, mas eu errei na marcação do número 11, que era meu, e o Bahia fez o gol de empate. Depois saímos para buscar o segundo gol e eles aproveitaram o contra-ataque."

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Em Curitiba

Paraná

Ney; Gabriel, Dedimar e Élton; Marcelo Toscano, Adoniran, João Paulo (Kléber), Davi (Wando) e Márcio Goiano; Rafinha e Adriano (Alex Afonso)

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Técnico: Sérgio Soares

Bahia

Fernando; Bebeto (Hernani), Nen, Vinícius e Rubens Cardoso; Elton, Marcone, Paulo Isidoro (Élton Luiz) e Juninho; Jael e Nadson (Alex Terra)

Técnico: Sérgio Guedes

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Cláudio Mercante (PE). Gols: Rafinha (P), aos 25/1º; Jael (B), aos 18/2º e aos 41/2º. Amarelos: Adoniran e Rafinha (P); Paulo Isidoro e Juninho (B). Renda: R$ 42.635. Público pagante: 2.946 (3.267 total)

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