FICHA TÉCNICA: Confira como foi o lance a lance da partida
As apostas paranistas eram no futebol do menino Kelvin, que pela primeira vez tinha oportunidade de começar jogando, no esquema tático adotado por Roberto Cavalo e, por fim, na obrigação de vencer para manter acesa a chama da esperança do acesso à Série A. Nada disso funcionou, a torcida protestou e o Paraná perdeu por 1 a 0 para o Bahia, na Vila Capanema.
Com o tropeço, o time paranaense ainda precisa somar pontos para se garantir matematicamente da Série B. Ou seja, o risco de rebaixamento ainda existe no Durival Britto e Silva.
Foi a primeira derrota do Paraná na segunda passagem do técnico Roberto Cavalo no comando do time. "Tivémos uma falha na marcação e tomamos o gol", disse o treinador.
"Temos de pensar no América de Minas e vencer. Porque depois temos jogos fora de casa e fica mais complicado", lembra o preocupado Roberto Cavalo.
Confira a classificação da Série B.
O gol do Bahia foi marcado por Jael, aos sete minutos do primeiro tempo. O atacante desviou de cabeça para o fundo da rede Juninho a cobrança de falta de Arílton pela direita.
Juninho, o goleiro paranista, deixou o gramado reclamando a falta de opoio de membros da diretoria tricolor, dentre eles do presidente Aquilino Romani.
"É fácil achar culpados( pela derrota), mas a diretoria está sim em falta. Reconheço que o Paulo (Paulo César Silva, coordenador de futebol) e o Guto (diretor de futebol) estão com a gente. Mas outros e o presidente nem vieram", protestou o goleiro, em entrevista à rádio Transamérica, depois do jogo.
"A diretoria está aqui. Eu e o Guto", respondeu Paulo César Silva. Logo em seguida, um repórter questionou: - E o presidente? Silva respondeu: "Pergunte pra ele! (presidente Aquilino Romani).
"Ele(presidente) foi eleito pelos associados, ele que tem de responder. Eu preciso de mais paranistas para me ajudarem. Estamos sozinhos, eu e o Guto, o Cavalo e o grupo. Mas eu não vou chorar, vou enfrentar isso. Eu saí ali pra receber um a um do grupo, se a torcida quiser xingar, que xingue eu e o Guto, mas os jogadores não, não vou permitir isso, critiquem e riam da gente, não deles", disparou o coordenador.
A declaração de Juninho encerra mais uma semana complicada na Vila Capanema. Durante a semana, funcionários do clube exigiram uma reunião com a diretoria. No dia seguinte, os supostos líderes do movimento foram demitidos do clube. Dois massagistas e mais o segurança do time perderam o emprego.
No próximo dia 5 de novembro, o salário dos funcionários completa dois meses de atraso. Dos jogadores, apenas um mês em débito.
Na terça-feira, o Tricolor paranaense recebe o América-MG, outro candidato ao acesso, a exemplo do Bahia.
Leia mais sobre a polêmica na edição da Gazeta do Povo deste sábado (30).
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