Paranavaí A derrota do Paraná no primeiro jogo da final estadual por 1 a 0 para o ACP pode ser facilmente explicada do ponto de vista tático. Apesar da superioridade técnica, Zetti não soube furar o bloqueio do adversário. E o que é pior, deu muito espaço para o Vermelhinho "alugar" a intermediária ofensiva tricolor.
Sem Dinélson, disperso e entregue à marcação de Márcio, e com Gérson apresentando a pontaria descalibrada e mais preocupado em conter os constantes avanços da dupla Tales e Agnaldo, a equipe dependia exclusivamente dos laterais ou dos volantes para acabar com a solidão de Josiel e Lima. Como a criação não faz parte do repertório de Goiano e Xaves, e com Alex (depois Léo Mattos) e Egídio envolvidos pela velocidade de Roque e Gilberto Flores, o Paraná caiu na teia de Amauri Knevitz. Até que a bola parada de Tales decidiu o confronto, invertendo em parte o favoritismo do atual campeão paranaense.
Impassível diante da melhor organização do Paranavaí, Zetti lançou mão de Renan e Joélson para fazer valer a condição de time grande. Não deu certo. A falta de opções chega a preocupar para a primeira partida das oitavas-de-final da Libertadores, na quinta-feira, contra o Libertad, na Vila Capanema, comprovando que o time sente a ausência do lesionado Vinícius Pacheco.
"Eu não classifico a derrota como resultado de erros coletivos. Devemos levar em consideração que o adversário exerceu uma marcação muito forte, parando principalmente o Dinélson. Não foi o Paraná que não quis jogar, é que não nos deixaram mesmo. Desta vez, eles tiveram uma felicidade maior. Mas não há nada perdido", comentou o ex-goleiro, com a calma habitual. "Seguimos lutando. A semana é difícil, decisiva, temos a Libertadores pela frente também. Vou ver o que sobra do resto do nosso elenco para essas duas decisões", completou o treinador, sem esconder o gosto amargo do revés.
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